A escoliose é uma deformação morfológica, macroscópica, bi ou tridimensional, caracterizada pela flexão lateral das vértebras no plano frontal, rotação no plano axial e em flexão e extensão no plano sagital. É considerada uma patologia multifatorial, podendo ter várias origens. Para atingir uma postura "correta" (sem alteração de curva), é preciso uma coordenação intrínseca entre o sitema nervoso central e o complexo arranjo dos ossos, músculos, cartilagens e outros tecidos moles, qualquer desorganização destas estruturas pode acarretar como consequência a escoliose.
Classificação das escolioses
Não estrutural ou funcional (atitude escoliótica)
Na atitude escoliótica o paciente apresenta sinais clínicos verdadeiros e uma verdadeira escoliose. Bienfait descreve 3 tipos de escoliose:
A) Escoliose Postural: não apresenta alterações ósseas, o fato de se usar sempre o lado direito ou esquerdo pode causar uma escoliose postural.
B) Escoliose Compensatória: devido a um encurtamento real de uma perna (mais pra frente vou falar da "falsa perna curta")ou de uma patologia do quadril, gerando um desequilíbrio frontal da pelve.
C) Escoliose Ciática ou Antálgica: Curvas laterais após crises do nervo ciático.
Classificação quanto a gravidade da curvatura
. Curva em C: geralmente se estende da coluna torácica e lombar, e é geralmente descompensada.
. Curva em S: geralmente é uma curvatura torácica à direita e lombar à esquerda, envolve uma curvatura principal e uma curvatura compensatória.
Muito embora a escoliose estrutural e não estrutural apresentem etiologias diferentes, devem ser tratadas com o mesmo cuidado, principalmente pela grande probabilidade de uma atitude escoliótica vir a tornar-se uma escoliose estrutural, intensificando o problema postural do indivíduo, (STOKES, 2006)
OBS: a direção da curva sempre é identificada pelo lado convexo! ;)
Classificação quanto à gravidade de curvatura
. Escoliose leve: curvatura menor de 20º
. Escoliose Moderada: curvatura de 20 a 50º
. Escoliose Grave: curvatura de 40 a 50º ou mais.
(Dados retirados do Scoliosis Research society of North American)
A zona escoliótica é globalmente rígida, não há lado rígido côncavo ou flexível convexo, não mais em rotação que inclinação. Na estática, temos a diminuição ou desaparecimento das curvas do plano sagital. Na dinâmica temos uma rigidez segmentar que torna impossível toda flexão anterior da região da escoliose, que marca bem a presença de retração das partes moles posteriores. Em relação aos movimentos assistimos a um enrijecimento harmonioso da região escoliótica no seu plano de eleição. O escoliótico pode ser flexível, mas a sua escoliose é sempre rígida.
Tratamento com o Método Pilates
O reequilíbrio muscular e o tratamento de dores na escoliose devem ser feitos de forma global, abordando o indivíduo de forma geral e não apenas mantendo o foco do trabalho na queixa localizada do paciente. O trabalho com o pilates é realizado com embasamento em mecanismos de ações fisiológicas, atuando não só no sistema músculo esquelético propriamente dito, mas também no sitema nervoso central responsável pelo armazenamento de informações, modificando a consciência corporal e dando condições ao corpo para manter a boa postura.
Mais pra frente um post com exercícios para iniciantes e avançados.
http://www.metacorpuspilates.com.br/
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