sexta-feira, 30 de março de 2012

Massagem e Pilates



As abordagens holísticas, ou terapias alternativas, têm em comum aquilo que a Organização Mundial de Saúde descreve como: “cuidar de modo que as pessoas sejam vistas em sua totalidade dentro de um espectro ecológico amplo, que enfatize a visão de que a saúde ou a doença é gerada por uma perturbação, ou desequilíbrio, de uma pessoa em seu sistema global, e não causada apenas pelo seu agente etiológico e pela evolução patogenética.”
A totalidade do individuo incorpora não apenas corpo, mas quadrantes de necessidade e função o físico (corpo e movimento), o intelectual (cérebro e mente), o emocional (sentimentos) e o espiritual (desejo de compreender a si próprio). Trabalhamos para atingir a integralidade, na tentativa de ajudar no processo de recuperação doença/lesão e permanecer saudável, facilitando o fluxo de energia do próprio indivíduo. Acreditamos que o estado natural do corpo é estar saudável, e o binômio corpo e mente pode e realmente consegue curar a si próprio. As evidencias de que as pessoas continuamente se curam é a razão pela qual são realizadas pesquisas clinicas duplo-cegas controladas com placebo.
A massagem assim como o Pilates tem a possibilidade de reabilitar a cultura vigente, uma cultura que entende as pessoas como máquinas em suas atividades profissionais, que tem criado empregos que levam a síndromes do esforço repetitivo, uma cultura que se mostra confusa em relação ao toque, uma cultura que ensina “educação física” nas escolas sem dar informações sobre o corpo, e inclui informações para ignorar os sinais emitidos pelo próprio corpo que indicam que uma posição ou atividade é dolorosa e o que fazer para corrigir isto.
O professor Thomas Hanna, foi muito influenciado pelo método de percepção através do movimento de Feldenkrais (uma das bases com currículo Polestar Pilates/Physio Pilates). A pesquisa de Hanna o levou ao entendimento de que nós podemos adaptar-nos ao estresse através do enrijecimento neuromuscular anormal. A habilidade de contrair ou relaxar um músculo voluntariamente depende diretamente do grau em que este músculo pode ser sentido, estresse ou trauma podem romper este ciclo que resulta numa amplitude limitada de movimento.
Os estudos demonstram que, interações da mente com o corpo alteram os sistemas neurológico e imune, embora ainda não esteja claro de que forma esses sistemas se interagem. O estudo de Black publicado em 1995 na Scientific American demonstra como o cérebro e o sistema imune se interagem por meio de hormônios, neurotransmissores e citocinas transportados pelo sangue e pelos nervos. O estresse produz influências especiais na imunidade. Os efeitos estressantes da vida foram relacionados com a susceptibilidade às infecções, ao câncer e à progressão da infecção pelo HIV.

Os clientes geralmente expressam uma atemporalidade durante uma sessão de massagem e de Pilates. Estas modalidades permitem aquietar nossos corpos e experimentar sensações mais sutis. As pessoas começam a enxergá-las não somente com entidades estruturais que estão contraídas, rígidas ou fora de alinhamento, mas como seres humanos não conscientes, e que para ser saudável, é preciso aprendera se perceber, a se alongar, a se curvar a se torcer, a respirar e a se mover da maneira que a natureza nos preparou para que acontecesse. Os efeitos positivos do Pilates, das massagens, dos toques, das terapias corporais nos trazem de volta um senso de poder, e a consciência sensório-motora intensificada devolve um maior controle sobre nosso corpo, descobrimos novas possibilidades de movimentos, flexibilidade, energia e saúde de uma maneira ampla e aumentada.
Tenho tido uma experiência que tem engrandecido e complementado muito meus trabalhos, uma parceria desenvolvida com a massoterapeuta Rosangela, uma profissional que ama o que faz e principalmente conectada com o “eu” universal em seus atendimento, ato este que acredito ser fundamental para as pessoas que como eu usam muito toque e sentido cinéstesico. E Tracy Walton descreveu isso da seguinte forma:
“Ao tocarmos o corpo, tocamos em todos os eventos que ele vivenciou. Por uns breves momentos, temos em nossas mãos toda a história do paciente. Presenciamos a presença da pessoa em sua própria carne, por meio de alguns dos métodos mais poderosos possíveis: o contato de nossas mãos, a aceitação do corpo sem julgamentos e ocasionalmente a escuta atenta. Com estes gestos, rompemos o isolamento da experiência humana e temos acesso a experiência da própria pessoa. Ao fazermos isso construímos uma ponte que pode curar a todos nós”.

Referências
Black PH. Psychoneuroimmulogy: Brain and immunity. Scientific American. 1995:16-25.
Walton T. The health history of human being. Massage Therapy Journal. Winter 1999.

 
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