domingo, 21 de abril de 2013

Pilates X Estabilização Segmentar








A coluna vertebral constitui e mantém o eixo longitudinal do corpo. Como é uma haste multiarticulada, os movimentos da coluna vertebral acontecem como resultado de movimentos combinados das vértebras individuais.
A coluna vertebral forma o eixo ósseo do corpo é um pilar de sustentação,promove a flexibilidade necessária à movimentação do tronco e está constituída de 33 vértebras, organizadas num eixo longitudinal, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. 
Fornece um ponto de articulação para o movimento e sustentação da cabeça na região cervical. Esta haste multiarticulada não apenas proporciona movimento,mas o arranjo desses segmentos também fornece eficientemente absorção e transmissão de choques.
As vértebras são diferentes no tamanho e no formato, porém comumente tem o mesmo desenho. As partes de uma vértebra são: corpo, arco vertebral, forame, pedículo, lâmina do arco vertebral, processo transverso, incisuras vertebrais, forame intervertebrais, processos articulares, processo espinhoso. Entre cada vértebra encontra-se um disco intervertebral que se articular com os corpos adjacentes. Existem 23 discos e sua função principal é absorver e transmitir o choque, mantendo a flexibilidade da coluna vertebral.
A coluna vertebral como um todo é considerada triaxial e possui movimento nos três planos. Flexão, extensão e hiperextensão ocorrem no plano sagital em torno de um eixo frontal. A inclinação lateral, também chamada flexão lateral, ocorre no plano frontal em torno do eixo sagital. A rotação ocorre no plano transverso em torno de um eixo vertical. Resumo da ação muscular dos agonistas do tronco.
Vários ligamentos apóiam a coluna, colaborando para a estabilidade desses segmentos móveis. O ligamento longitudinal anterior e o ligamento longitudinal posterior, mais fraco, ligam os corpos vertebrais nas regiões cervical, torácica e lombar. O ligamento supra-espinhoso se insere nos processos espinhosos em toda a extensão da coluna. As vértebras adjacentes possuem conexões adicionais entre os processos espinhosos, os processos transversos e as lâminas, reforçadas respectivamente pelos ligamentos interespinhosos, ligamentos intertransversais e ligamentos amarelos.
A coluna vertebral pode ser conferida à coluna de blocos. Não é totalmente reta,mas tem uma série de curvas antero-posteriores contrabalançadas. Essas curvaturas, que devem ser sustentadas durante o repouso e a atividade, agem como absorventes de choques e reduzem a quantidade de lesões. As curvaturas torácicas e sacral são contrárias às curvas cervical e lombar. As curvaturas torácicas e sacral são côncavas anteriormente e convexas posteriormente,ao passo que as curvas lombar e cervical são convexas anteriormente e côncavas posteriormente.

Características da coluna lombar

As vértebras lombares possuem corpos volumosos,o arco vertebral, as lâminas e o processo espinhal são grossos, os processos articulares são verticais. As vértebras lombares são facilmente identificáveis, graças a seus caracteres morfológicos diferenciais. As cinco vértebras lombares são grandes unidades isoladas que não possuem forames transversários nem fóveas costais.
Existe um aumento progressivo no tamanho das vértebras da região cervical até a região lombar. Em particular, as vértebras lombares são maiores e mais espessas que as vértebras nas regiões superiores da coluna. Essa característica desempenha uma finalidade funcional porque, quando o corpo fica na posição ereta, cada vértebra terá que sustentar o peso não apenas dos braços e da cabeça, mas também de todo o tronco posicionado acima dela.
As articulações facetárias ou zigoapofisárias orientam e limitam os movimentos vertebrais de flexão, extensão, flexão lateral e rotação. Essas são articulações diartrodiais completas, com membrana sinovial e cápsula articular, e altamente inervada. Especificamente a coluna lombar proporciona apoio para a parte superior do corpo. Como as facetas lombares estão localizadas em um plano sagital, a coluna lombar de L1 a L4 favorece a flexão e a extensão e limita a flexão lateral e a rotação.
As articulações, pela direção de orientações dos processos articulares,determinam,em grande parte, o tipo e amplitude de movimento possíveis,naquela parte da coluna vertebral. Na área lombar,os processos estão localizados no plano sagital. Portanto,a maior parte de flexão e extensão da coluna vertebral ocorre na parte lombar da coluna vertebral.
Na coluna lombar, os movimentos de rotação são impossibilitados pela posição praticamente vertical das superfícies articulares, de modo que os processos articulares inferiores se engrenam com os processos superiores da vértebra seguinte. No que se refere à inclinação lateral, a mobilidade é muito reduzida. Esta limitação dos movimentos favorece a manutenção da postura e a marcha, as articulações entre cervical (C2) e sacral (S1) são todas basicamente as mesmas. As fortes articulações que sustentam peso ocorrem anteriormente na vértebra entre os corpos vertebrais. A parte posterior das vértebras tem duas articulações (uma de cada lado), chamadas articulações dos processos articulares (também articulações zigoapofisárias ou apofisárias). As articulações dos processos articulares são formadas pela articulação entre o processo articular inferior da vértebra acima.Cada uma é uma articulação sinovial, abrigando uma membrana sinovial e envolvida por uma ligamento da cápsula articular.
As forças que atuam sobre a coluna incluem peso corporal, tensão nos ligamentos vertebrais, tensão nos músculos circundantes, pressão intra-abdominal e quaisquer cargas externas aplicadas. Quando o corpo encontra-se na postura ereta, a principal forma de carga que age sobre a coluna é axial. É importante distinguir hiperflexibilidade de instabilidade. A primeira é o excessivo alongamento dos tecidos, que pode vir acompanhada de lassidão ligamentar ,ou não; e a segunda pode ser um encurtamento muscular comprometendo o controle postural do indivíduo.A instabilidade de manifesta quando há excessiva amplitude de movimento com capacidade insuficiente de força de sustentação. Lesões e desalinhamento músculo articular ocorridos no passados no passado podem causar dor e redução da habilidade para realizar movimentos cotidianos na idade madura.
Desvios indesejáveis das curvaturas normais da coluna vertebral ocorrem devido a diversos fatores. O aumento da concavidade posterior das curvas lombar e cervical é conhecido como hiperlordose,ao passo que o aumento da concavidade anterior da curva torácica normal é conhecida como hipercifose.A coluna lombar pode sofrer redução em sua curvatura lordótica normal,resultando numa aparência achatada.
Vários estudos têm demonstrado padrões de recrutamento neuromuscular alterados, ou atrasado nos músculos estabilizadores profundos da coluna,durante o movimento ativo em indivíduos com dor lombar e melhora da habilidade para recrutá-los com treinamento específico. Portanto, uma das primeiras áreas enfatizadas na reabilitação dos problemas vertebrais é o recrutamento dos músculos posturais para estabilização e seu treinamento para que respondam e se adaptem às várias forças e demandas impostas sobre a coluna para melhorar sua função estabilizadora.
Os músculos da parede abdominal, assim como os superficiais e os profundos da região vertebral, estabilizam a coluna em condições variadas. Os músculos mais superficiais, o eretor da espinha, o reto do abdome, atuam como movimentadores primários, tendo função secundária de estabilização. Os músculos mais profundos (centrais), os multífidos, os rotadores, o transverso do abdome, o oblíquo interno do abdome e o quadrado do lombo, estão mais perto do eixo e agindo primariamente na estabilização. O uso dos músculos estabilizadores centrais é fundamental ao desenvolver percepção de posição e movimento e executar exercícios de estabilização e atividades funcionais básicas.
Os músculos abdominais são de origem esquelética e consistem de fibras musculares estriadas não-ramificadas, as quais são unidas por um tecido areolar frouxo. São músculos do tipo achatado, semelhantes à lâminas conhecidos como fusiformes. Exercícios com a extremidades fixas (cadeia fechada), têm sido recomendados para casos de instabilidade. A razão para tais recomendações é oriunda da co-contração e do aumento da compressão articular. Isto também pode ser obtido pelas extremidades livres (cadeia aberta), com o método de flexibilidade facilitação neuromuscular proprioceptiva. 

Estabilidade da Coluna Lombar

A análise da função visa à medição e á classificação das habilidades funcionais,e a identificação das limitações funcionais. Os testes podem enfocar qualquer uma das quatro dimensões da função: física,mental e a social. As medidas baseadas no desempenho da função física fornecem informações importantes sobre o controle motor. O controle pode ser avaliado em várias posturas,deve-se realizar a avaliação qualitativa dos padrões funcionais.Esses padrões podem ser normais, anormais, porém compensatórios (tarefa realizada), anormais/não compensatórios ou ausentes. A avaliação e documentação devem considerar quatro requisitos básicos: mobilidade, estabilidade, mobilidade controlada e a destreza.
A estabilidade da coluna incide na influência de três subsistemas: passivo (articulações, ligamentos e vértebras), ativo (músculos e tendões) e controle neural (nervos e sistema nervoso central). Ressaltam ainda que os papéis desses três subsistemas estão interligados, e a diminuída função de um subsistema pode pôr exigências crescentes sobre os outros. Afirmam ainda, que há dois sistemas musculares agindo sobre a estabilidade espinhal: o sistema global, que contém o reto abdominal, oblíquo abdominal externo e a parte torácica lombar do iliocostal e proporciona a estabilização geral do tronco; e o sistema local, que é composto pelo multífido lombar, transverso, diafragma, fibras posteriores do oblíquo interno e quadrado lombar, responsáveis por fornecer estabilidade segmentar e controlar diretamente os segmentos lombares.

Instabilidade Segmentar

A instabilidade segmentar sucede no momento em que há redução na capacidade do sistema estabilizador da coluna vertebral em sustentar a zona neutra dentro de limites fisiológicos. Ainda afirmam que a zona neutra é uma região de movimentos intervertebrais onde pouca resistência é oferecida pela coluna vertebral passiva; a perda de controle da zona neutra no segmento vertebral está associada à lesão, doença degenerativa do disco e fraqueza muscular.
A inabilidade de estabilização da coluna vertebral ocasionada pelo desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco é um forte indicativo para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar.

Pilates

A técnica do Pilates possui esse nome por fazer referência a seu criador, Joseph Pilates (1880-1967). Na história do pilates,relata-se que os primeiros praticantes da técnica foram quase exclusivamente dançarinos e atletas. Por isso, nos últimos anos, o Pilates, tornou-se um método popular na reabilitação e no fitness. Nos Estados Unidos, são mais de cinco milhões de praticantes e em uma simples busca na internet surgem mais de 200 vídeos disponíveis sobre o assunto.
A principal finalidade do Pilates é restabelecer o funcionamento ideal do corpo. E assim, pode ser realizado como um exercício de condicionamento e como parte de um programa fisioterápico de reabilitação. Praticado regularmente, e da forma correta, o pilates pode auxiliar o cliente a alcançar muitos benefícios físicos e emocionais.
Pilates é um método eficiente para fortalecer a musculatura extensora do tronco, agindo no desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão de tronco, que é um forte indicativo para desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar.
O maior objetivo do método é ensinar os seres humanos a entenderem os seus corpos e usá- los de forma correta, sentindo-se em forma para as atividades diárias e profissionais, fazendo com que a pessoa s descubra para a vida, mudando gradativamente seus maus hábitos. O praticante do método aprende a realizar os movimentos de forma prazerosa, no seu ritmo e na sua intensidade, sem que haja o excesso, ou seja, sempre respeitando o senso de moderação.
O exercício de Pilates busca melhorar a flexibilidade geral do corpo e busca a saúde através do fortalecimento do "centro de força", melhora da postura e coordenação da respiração com os movimentos realizados. Com isso, visa o movimento consciente sem fadiga e dor. O método se baseia em seis princípios: a respiração, o controle, a concentração, a organização articular, o fluxo de movimento e a precisão. Esse método trabalha com exercícios musculares de baixo impacto contracional, fortalecendo intensamente a musculatura abdominal.
O Método Pilates surge como forma de condicionamento físico com o objetivo de oferecer bem-estar geral ao indivíduo, e capaz de proporcionar força, flexibilidade, boa postura, controle motor, consciência e percepção corporal melhorada.


Há muitas variações de exercícios na técnica pilates. Essa técnica pode ser realizada por pessoas que buscam alguma atividade física, por indivíduos que apresentam alguma patologia ou cirurgia músculo-esquelética onde a reabilitação é necessária, e também por esportistas.

Os cuidados para o movimento no Pilates é envolvido as seguintes contra-indicações para posição supina: gestações média e avançada, herniação discal aguda; as contra-indicações para movimentos em extensão são estenose, espondilolistese nos seguimentos afetados; contra-indicações para flexão lateral são: síndrrome da articulação facetária para o lado afetado; na osteroporose deve-se evitar flexão e/ou rotações da coluna que causa pressão nos corpos vertebais anteriores podendo causar fraturas de compressão na coluna. Deve-se ter precauções com instabilidade pélvica, disfunção da articulação sacroilíaca, separação da sínfise púbica, prótese de quadril, bursite trocantérica, síndrome do desfiladeiro torácico, ombro doloroso, síndrome do túnel do carpo, osteoartrite, artrite reumatóide, tensão neural adversa, hipertensão, glaucoma, refluxo gástrico, fibromilagia.
As indicações são muitas e variadas, podendo ser aplicada em populações como gestantes idosos e atletas,em vários problemas ortopédicos. No entanto,o Pilates ganha espaço no tratamento da lombalgia, uma vez que sua incidência tem aumentado, e influencia desde as atividades profissionais até as de lazer. Em relação ao tempo de cada sessão deve ser de uma hora, e que todos os princípios do método devem ser seguidos quando o mesmo é aplicado como uma forma de reabilitação. Mas, no momento não há uma definição do tempo necessário para alcançar os objetivos propostos pelo tratamento nem tão pouco qual deve ser a frequência de aplicação, sendo que a maioria dos estudos recomenda que o método seja aplicado três vezes por semana. As diferenças apresentadas devem estar relacionadas às características de cada população e as diferentes indicações. Até porque a resposta ao exercício se altera em relação a faixa etária e com a condição de saúde, além do mais, cada disfunção exige um tempo e intensidade diferentes para ser tratada.

Princípio do Pilates

De acordo com Joseph Pilates, os benefícios do método Pilates dependem da realização dos seus exercícios seguindo exatamente os seus princípios, denominado contrologia, onde a respiração, concentração, fluidez, precisão e controle do movimento, somado ao centro de força, o abdômen, devem estar relacionados.
Contrologia é um controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. É a adequada utilização e aplicação dos princípios das forças que agem em cada um dos ossos do esqueleto, com o completo conhecimento dos mecanismos funcionais do corpo, e o total entendimento dos princípios de equilíbrio e gravidade aplicados a cada movimento, no estado ativo, em repouso e dormindo.
Os exercícios do método Pilates são, na sua maioria, realizados na posição deitada, amenizando os impactos nas articulações de sustentação do corpo na posição ortostática e, principalmente, na coluna vertebral, permitindo recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares particularmente da região sacrolombar . Os exercícios do método Pilates englobam contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e, especialmente, isométricas, com ênfase no que Joseph nomeou power house (ou centro de força). Esse centro de força é constituído pelos músculos abdominais, glúteos e paravertebrais lombares, que são responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo. Portanto, durante os exercícios a expiração é associada à contração do diafragma, do transverso abdominal, do multífido e dos músculos do assoalho pélvico .
O método Pilates inclui um programa de exercícios que fortalecem a musculatura abdominal e paravertebral, bem como os de flexibilidade da coluna, além de exercícios para o corpo todo. Já no sistema intermediário-adiantado são introduzidos, gradualmente, exercícios de extensão do tronco, além de outros exercícios para o corpo todo, procurando melhorar a relação de equilíbrio agonista-antagonista.
Os princípios do método pilates. Esses são: concentração, consciência, controle, respiração e movimento harmônico. O método Pilates é uma técnica dinâmica que visa trabalhar força, alongamento e flexibilidade, preocupando-se em manter as curvaturas fisiológicas do corpo e tendo o abdômen como centro de força, o qual trabalha constantemente em todos os exercícios da técnica, realizados com poucas repetições. Os principais exercícios do método pilates:


  • Pré-roll up, desenvolve mobilidade e fortalecimento de coluna e fortalecimento de  abdome.
  • Single Leg Stretch, Double Leg Stretch,desenvolvem coordenação e fortalecimento  abdominal (isometria).
  • Rolling,promove relaxamento paravertebrais,mobilidade da coluna em flexão,fortalecimento abdominal.
  • Hundred,desenvolve coordenação entre respiração e membro superior, fortalecendo os músculos abdomianis.
  • Roll up,desenvolve a mobilidade da coluna e fortalecimento de abdomen.                                      

Os exercícios do método Pilates podem ser executados em aparelhos específicos: aparelho reformer, aparelho cadillac ou trapézio, aparelho barrel, aparelho chair (combo), aparelho chair (wunda), produzidos exclusivamente para o método; ou podem ser realizados no solo, sem a utilização de equipamentos.
Além dos aparelhos usa-se as molas de cores variadas, a mola vermelha (pesada), azul (leve), amarela (muito leve), verde (muito pesada), preta (mola do trapézio, molas longas (usada para membros inferiores).
Sobre os princípios do método pilates no solo na lombalgia crônica. As posturas realizadas no tratamento seguiram o seguinte protocolo:
Primeiro exercício de ponte, o qual foi utilizado em todos os atendimentos como aquecimento, precedendo os exercícios baseados no método pilates no solo. O segundo exercício realizado pelo sujeito da amostra foi o “circulo com uma perna”, no qual, segundo, a posição inicial é com o sujeito da amostra na posição de decúbito dorsal, com os braços ao longo do corpo as palmas das mãos voltadas para baixo e com os membros inferiores em extensão, realiza uma flexão de quadril de um membro inferior, com o joelho flexionado, e em seguida estenderá o mesmo, mantendo o membro contra- lateral na posição inicial. Mantendo os quadris em contato com o tatame, o sujeito da amostra efetuará movimento em círculos com o membro inferior elevado, girando em um sentido, em seguida em outro. Depois realiza-se o mesmo procedimento com o membro contralateral.
O terceiro exercício proposto foi o “estiramento da coluna para frente”. O sujeito paciente da amostra põem-se sentado com a coluna vertebral alinhada e os membros inferiores em extensão e abdução. Solicita-se que o mesmo faça uma dorsiflexão e uma flexão de 90° de ombro com os cotovelos estendidos e com as palmas das mãos voltadas para o solo. O sujeito da amostra realizará uma inspiração pelo nariz, mantendo-se na postura com a coluna alinhada. Na expiração o sujeito da amostra fará uma flexão de tronco, levando o queixo em direção ao peito, forçando o ar a sair dos pulmões deixando a coluna em um formato de “C”, em seguida volta-se lentamente à posição inicial.
O quarto exercício foi o “exercício do cisne”. Já posição inicial é com o sujeito da amostra em decúbito ventral e com as palmas das mãos apoiadas na base, com abdução de ombro de 90° e flexão de cotovelo de 90°. Os membros inferiores estão em extensão e com os tornozelos em plantiflexão. Orienta-se o sujeito da amostra a “empurra o umbigo em direção a coluna” – contração do transverso do abdome - ao mesmo tempo em que realiza uma extensão de tronco, hiperestendendo a cabeça com os membros superiores em extensão.
O quinto exercício aplicado foi o “rolamento para frente”.
O sexto exercício aplicado à sujeito da amostra foi o “alongamento de uma perna”. Em decúbito dorsal,o sujeito flexiona os joelhos e leva-os em direção ao peito, colocando a mão esquerda no joelho direito, e a mão direita no tornozelo direito.Em seguida é feita a extensão da perna esquerda em direção ao teto, inspirando lentamente, ao mesmo tempo em que flexiona o membro inferior direito,levando-o em direção ao peito com a ajuda da mão ,e estende o membro inferior esquerdo.
As regras de segurança para aplicação do método Pilates são: proteger o aluno, o instrutor, e o aparelho.O instrutor deve sempre mostrar o exercício antes que o aluno o faça,falar o que pode ocorrer com o aparelho.

Estabilização segmentar na coluna lombar


A estabilização segmentar terapêutica se compõe de exercícios específicos destinados a devolver a estabilidade ou a reduzir a instabilidade articular, normalmente comprometida com as disfunções, lesões ou dores de origem neuromusculoesquelética.
A importância de exercícios de estabilização vertebral obteve popularidade no tratamento das afecções da coluna vertebral. Os exercícios de estabilização são atividades dinâmicas que tentam limitar e controlar os movimentos excessivos. Esses exercícios não sugerem uma posição estática, mas e pelo contrário, apresentam uma amplitude de movimento na qual a hipermobilidade é controlada. As atividades de estabilização contêm exercícios de mobilidade para os segmentos rígidos ou hipomóveis, exercícios de fortalecimento na amplitude encurtada dos segmentos hipermóveis, treinamento postural para permitir o movimento através de um amplitude controlada e educação do paciente.

O foco da estabilização segmentar é possibilitar a coluna vertebral uma estabilização dinâmica segura com o objetivo de prevenir, restabelecer e reprogramar o controle motor dos músculos profundos. Por meio dos exercícios o paciente aprendera que com o controle motor ele terá um controle da dor. Os ponto importantes sobre o método consiste em reprogramar o aprendizado motor para utilizar as estratégias motoras estabilizadoras da musculatura profunda,treinar a musculatura profunda,treinar a musculatura gerar contrações contínuas,com pequena força e por longos períodos.Também deve-se pensar na reversão da atrofia muscular gerada nestes músculos.
A orientação postural envolve o controle de posições relativas das partes do corpo, por meio dos músculoesqueléticos,com respeito a gravidade e um em relação ao outro.A estabilidade postural equilíbrio é defini como a condição na qual todas as forças agindo sobre o corpo são equilibradas de tal modo que o centro da massa fique dentro dos limites da estabilidade. Para isso, foi definido os seguintes conceitos: a estabilidade (controle postural estático) é a habilidade para manter uma posição estável em uma postura de apoio de peso contra a gravidade. Enquanto a mobilidade controlada (controle postural dinâmico) é a habilidade para alterar uma posição ou mudar de posição e ao mesmo tempo manter a estabilidade 

Técnicas fundamentais para coluna lombar

Essas técnicas são adaptadas ou modificadas com base nas habilidades e respostas do paciente. Ainda acrescenta que , os objetivos do treinamento são percepção e controle de movimentos seguros para a coluna e percepção dos efeitos das atividades de vida diária e dos movimentos dos membros na coluna (relacionado a biomecânica corporal).
A combinação da função dos músculos mobilizadores e estabilizadores se caracterizam por movimentos suaves e coordenados com estabilização sinérgica apropriada. Os movimentos podem ser revertidos facilmente,demonstrando um bom inter-relacionamento entre os músculos agonistas.
Os exercícios de estabilização para coluna vertebral são difíceis de classificar, pois com frequência a coluna apresenta-se fixa em uma extremidade e aberta na outra. Ela não constitui um sistema aberto ou fechado verdadeiro.


O aprendizado da ativação consciente dos músculos estabilizadores é o primeiro passo para desenvolver a ativação e o controle espinhal habituais. Na literatura estão descritos três métodos para ativar a musculatura estabilizadora da coluna lombar. 



A) a manobra de encolher o abdome em que o paciente deprime a região abdominal e há um leve movimento de inclinação pélvica posterior;
B) a imobilização abdominal em que a contração isométrica dos músculos abdominais resulta em um alargamento lateral em torno da cintura; 
C) e a inclinação pélvica posterior, em que a pelve é ativamente inclinada posteriormente e a coluna lombar se retifica.

De acordo com um estudo que comparou a ação muscular durante essas três manobras, a manobra de encolher o abdome é mais efetiva para desencadear uma contração do transverso do abdome e oblíquo interno do que as manobras de inclinação pélvica posterior, e também ativa o músculo mutífidos. Portanto, a manobra de encolher o abdome é recomendada para ensinar o paciente a ativar esses estabilizadores.
Os exercícios de estabilização para a coluna são iniciados, com frequência, na posição supina com exercícios de reforço abdominal e progridem para as posições sentadas e eretas. Vários exercícios de estabilização podem ser realizado sobre superfícies instáveis, como bolas para ginásticas, a fim de aprimorar a estabilidade dentro de uma amplitude confortável. As atividades na posição sentada, de decúbito ventral e de decúbito dorsal, combinada com extensão dos braços e levantamento das pernas, podem ser usadas dos estágios iniciais para os estágios mais avançados do treinamento de estabilização. O fisioterapeuta pode optar pela utilização de qualquer uma das várias técnicas de facilitação que aumentam a co-contração dos músculos e a estabilidade, resistência, contatos manuais ou comandos verbais dinâmicos. Outra estratégia para melhorar a estabilidade compreende o uso de tiras elásticas ou pesos como resistência para proporcionar e melhorar a contração dos músculos estabilizadores.
Para o treinamento fundamental dos músculos estabilizadores, assim que o paciente aprender a ativar os músculos estabilizadores centrais na região lombar, o fisioterapeuta deve ensiná-lo a ativar os músculos na posição neutra da coluna e manter o controle enquanto sobrepõe movimentos simples de perna e braço. Isso é para treinar a capacidade de sustentação dos músculos estabilizadores profundos. Assim que o paciente tenha aprendido a ativação dos estabilizadores e possa demonstrar controle da coluna, os exercícios de estabilização são progredidos para o seu nível de habilidade.
Os estudos de revisões sistemáticas recomendam que exercícios de estabilização segmentar que requerem co-contracão dos músculos transverso do abdômen e multífido são eficazes para diminuir a dor e a incapacidade em lombalgias crônicas e para aumentar o retorno às atividades de vida diária.Ainda acrescentam que os exercícios de estabilização parecem também ser mais eficazes do que o exercício de fortalecimento clássico em algias lombares crônicas.
O princípios secundário do método Pilates é dar fluência: concentração e atenção; controle e precisão, leveza e fluidez, coordenação e vigor.O que deve estar presente em todos os exercícios é a força, flexibilidade, relaxamento, coordenação, alinhamento postural e corporal. Nos princípios obrigatório está a respiração, pois toda a organização do corpo começa coma respiração e deve ser coordenada com o movimento, retirando o esforço da respiração reduzindo o trabalho dos músculos respiratórios. A respiração visa sempre à estabilização. Agora na centragem ou controle de centro deve-se exercitar-se a partir dos músculos profundos do abdome, base do método.
Se o paciente tiver dificuldade para ativar os músculos transversos do abdome e oblíquo inter no, provou-se que as duas técnicas de feedback a seguir auxiliam o aprendizado.Transdutor de pressão para teste clínico e feedback visual. Um pequeno saco inflável com um sensor de pressão similar a um manguito de medir pressão é colocado sob a coluna lombar e inflado até uma linha basal de 40 mmHg pressão. A ativação correta dos abdominais profundos resulta em um aumento de 10 mmHg na pressão. Ocorre um aumento maior com a ativação do reto do abdome e aumento da flexão lombar devido à inclinação pélvica posterior. Nenhuma mudança na pressão significa ausência de ativação dos músculos abdominais profundos. O biofeedeback com eletrodos de superfícies, os eletrodos são colocados sobre o reto do abdome e o oblíquo externo. Deve haver mínima ou nenhuma ativação desses músculos se a manobra de encolher o abdome for feita corretamente.
Nos estudos realizados,observou-se que houve melhora significativa da dor e capacidade funcional dos indivíduos, após o tratamento com exercícios de estabilização segmentar. Para alcançar esses resultados, os autores aplicaram os exercícios por duas sessões semanais, na qual estabeleceu-se uma duração de aproximadamente de 35 minutos durante o período de seis semanas. No qual o terapeuta dava estímulos auditivos e táteis para a realização adequada dos exercícios. O protocolo utilizado nessa pesquisa consistiu em seis etapas,explicadas abaixo:


  1. Inicio dos exercícios com a contração isométrica do transverso do abdômen e multífido, juntamente com a contração da musculatura do assoalho pélvico. E o terapeuta orientava da seguinte maneira: “puxe o ar - solte - prenda a respiração”; “lentamente puxe sua barriga para dentro e segure”; “puxe para cima e para dentro seu esfíncter”. O exercícios foi realizado em 12 repetições sustentando a contração durante 10 segundos.
  2. Na primeira semana (etapa1): sem carga, estático, sem equilíbrio/perturbação. Em supino, com os joelhos flexionados em adução, ativação do músculo transverso do abdômen.Em prono, joelhos estendidos e braços ao longo do corpo, ativação do músculo multífido.
  3. Na segunda semana (etapa 2): sem carga, com movimento, sem equilíbrio/perturbação Em supino, joelhos flexionados, movimentos com o membro inferior (deslizamento do calcanhar). Em supino, movimentos alternados dos membros, elevação unilateral do membro superior e flexão do membro inferior contralateral.
  4. Na terceira semana (etapa3): sem carga, com movimento, com equilíbrio/perturbação. Ponte, com os pés apoiados no solo e joelhos flexionados, elevar a pelve sustentando a contração da musculatura profunda do tronco. Posição de gatos com movimentos alternados em diagonal dos membros superiores (flexão) e inferior (extensão).
  5. Na quarta semana (etapa 4): com carga, sem movimento, sem equilíbrio/perturbação. Sentado, realiza rolamento pélvico (empinar os glúteos sem empinar o tórax) e contração da musculatura profunda do tronco. Em pé estático, realiza a contração do transverso do abdômen e multífido.
  6. Na quinta semana (etapa 5 ): core training – exercícios mais intensos ativando toda a musculatura que envolve a coluna vertebral, promovendo assim maior estabilidade Ponte unilateral: elevação da pelve associada à elevação de um membro inferior que é mantido em extensão, mantendo a contração do transverso do abdômen e multífido. Ponte lateral: em decúbito lateral, realiza elevação lateral da pelve com apoio nos pés e cotovelo,mantendo a contração do transverso do abdômen e multífido.Prancha: em decúbito ventral, realiza elevação da pelve com apoio nos pés e cotovelo, mantendo a contração do transverso do abdômen e multífido.
A chave para o sucesso dos exercícios de estabilização segmentar é realizar os exercícios específicos com uma facilitação individualizada e treinamento cognitivo,realizar de 2 a 3 sessões de exercícios por dia. Realizar contrações isométricas de 10 a 30 segundos em cada posição com várias repetições, trabalhar com o biofeedback.No passo a passo, deve-se focalizar em um músculo por vez,posicionar o corpo,relaxar a musculatura superficial, demonstrar a execução do exercício ou movimento, posição neutra da coluna. Deve haver estratégias cognitivas,feedback visual e tátil,estratégia de facilitação estratégia de relaxamento. 

Conclusão





Conclui-se com a presente pesquisa que o protocolo de treinamento com o método pilates empregado para a estabilização da coluna lombar possui resultados satisfatórios.


Em relação a estabilização segmentar deve haver uma contração independente da musculatura profunda superficial, a chave para o sucesso é realizar os exercícios com uma facilitação individualizada e treinamento cognitivo.

Logo, os exercícios de estabilização segmentar no método pilates, mostrou-se uma ferramenta terapêutica eficaz na estabilização segmentar da coluna lombar. Torna-se, dessa maneira então, uma opção na prevenção e na recuperação de lesões desencadeadas pela alteração da estabilidade da coluna vertebral.
São diversas as vantagens do método Pilates, entre elas estimula a circulação, melhorar o Sugere-se que mais estudos sejam realizados com o método Pilates, com o objetivo de esclarecer as possibilidades de aplicação desta modalidade terapêutica.
Então, essa pesquisa demonstrou o método Pilates na estabilização segmentar da coluna lombar, fornecendo dados sobre os exercícios que podem ser utilizados. Verificando, segundo os dados encontrados que a estabilização da coluna depende de elementos estáticos e dinâmicos. Espera-se que esse trabalho desperte mais interesse na realização de novas pesquisas sobre o método Pilates e Estabilização Segmentar. 

Bibliografia:

Aplicação do método pilates e da estabilização segmentar na coluna lombar. Souza, M. 

 
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