sábado, 31 de março de 2012

Curso de Formação em Pilates Rio de Janeiro- Abril/2012



Curso de Formação - Rio de Janeiro - RJ

Pilates: Uma visão atual na área da saúde


Meta do curso: Proporcionar aos profissionais da área da saúde uma nova visão sobre o mercado de atividade física e qualidade de vida, através de exercícios que conciliam condicionamento físico e terapia corporal com a finalidade de reequilibrar o corpo e cuidar de vários tipos de patologias músculo esqueléticas.

Podem participar do curso os profissionais e estudantes (a partir do 6°período) das áreas de Fisioterapia e Educação Física, e profissionais de áreas afins com consulta prévia à Metacorpus.

Inauguração do Novo Studio Metacorpus Pilates!


Local e data de realização: NOVO STUDIO METACORPUS COPACABANA - RUA BARATA RIBEIRO,668.
Turma de Abril de 2012:
13, 14 e 15 de Abril de 2012, Módulo I
20, 21 e 22 de Abril de 2012, Módulo II

Atenção! Ganhe 5% de desconto, fazendo sua reserva até 30 dias antes do início do curso

Carga horária: 120 a 200 horas/aula*
  • 80 horas/aula – 2 módulos teórico/práticos (de sexta a domingo em dois finais de semana)
  • 40 horas/aula - estágio supervisionado obrigatório
  • 80 horas/aula – estágio supervisionado opcional (sem custo adicional, desde que dentro do prazo)
* A hora/aula definida pelo MEC equivale a 45 minutos.
Prazo total para realização do estágio - 3 semanas para conclusão a contar da data inicial do curso, em dias de semana. 

O curso é ministrado de sexta a domingo, das 08:00 às 18:00. Durante os intervalos é servido coffee break. 

Conteúdo programático:
  • Princípios do Método
  • Avaliação Postural
  • Biomecânica dos Movimentos e seus diferenciais perante outras atividades.
  • Ações das cadeias musculares nos exercícios
  • Exercícios de Solo
    • Bola
    • Meia lua
    • Rolo
  • Exercícios nos aparelhos
    • Reformer
    • Cadeira
    • Wall unit
    • Trapézio
    • Ladder barrel
  • Exercícios para Propriocepção e Tração articular (Teórico-Prático)
  • Patologias
    • Abordagem Fisiológica e biomecânica
    • Principais patologias de coluna, ombro, quadril, joelhos, tornozelo
    • Indicações e contra-indicações dos exercícios
    • Estudos de casos clínicos reais
  • Técnicas para montar uma Aula
    • Objetivos
    • Diferenciação e adaptações dos exercícios
    • Dinâmicas de aulas com até 3 alunos
    • Público especial: Gestantes, Hipertensos, Atletas.
  • Associação de Técnicas de mobilização articular, kabat e RPG aplicadas ao Método Pilates.
  • Medicina preventiva
  • Como Montar um Studio
  • Estratégias de Propaganda e Marketing
  • Logística
  • Consultoria em Mercado de Trabalho
  • Avaliação


Equipe Ministrante: 
A Metacorpus possui uma equipe de instrutores altamente capacitados e treinados para ministrar os cursos em todo o país. Esses profissionais são selecionados entre os melhores do mercado, treinados e supervisionados pelos sócios-fundadores da Metacorpus, os fisioterapeutas Sérgio Machado e Michel Salgado, e escalados para cada um dos cursos. 

Instrutores supervisores:

Dr. Michel Henriques Salgado

  • Fundador e sócio da METACORPUS Studio Pilates
  • Fisioterapeuta do Inst. Nac. de Traumato-Ortopedia – INTO
  • Fisioterapeuta do Centro de futebol Zico de 2000 a 2002
  • Pós-graduado em Acupuntura
  • Formação em: Fisioterapia, Pilates, Kabat, Mulligan, Estabilização segmentar vertebral, Método Klein, Taping e Kinésio Tape.
  • Pilates: Pilates Method and Motor Control – ministrado por Debbie Creamer (MPA, SPA, APA, APMA)
  • RPG/RPM – José Luiz Zaparoli e Fabio Mazzola – Escola do Corpo

Dr. Sérgio Machado Cunha

  • Fundador e sócio da METACORPUS Studio Pilates
  • Formação em: Fisioterapia – Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação
  • Pilates: Pilates Method and Motor Control – ministrado por Debbie Creamer (MPA, SPA, APA, APMA)
  • RPG/RPM – José Luiz Zaparoli e Fabio Mazzola – Escola do Corpo Gestão na Saúde, séries ISO 9000, 9001, 9002 – Carlos Fajardo – Estácio de Sá
  • Ferramentas da qualidade e Índices de desempenho - Carlos Fajardo – Estácio de Sá
  • Curso de Chefia e Liderança – Renato Carneiro – UERJ
  • Trabalhos apresentados em Ergonomia e DORT - IBMR
A organização do curso se reserva o direito de substituir os palestrantes, sem comunicação previa, caso haja motivos de extrema necessidade. 

Informações Complementares 

Os participantes receberão material didático impresso e certificados quando da conclusão do curso. 

OBS: Os certificados só serão emitidos mediante o mínimo de 75% de freqüência, avaliação teórica e prática do conteúdo e o cumprimento total da carga horária de estágio supervisionado. 

*A Metacorpus se reserva o direito de cancelar o curso, caso não seja atingido o número mínimo de participantes. 


Para maiores informações entrar em contato com os instrutores do studio da Metacorpus Copacabana-RJ:


Diego Ramon: diego@metacorpus.com.br ou


Silvana Souza: silvanasouzafisio@hotmail.com

sexta-feira, 30 de março de 2012

Massagem e Pilates



As abordagens holísticas, ou terapias alternativas, têm em comum aquilo que a Organização Mundial de Saúde descreve como: “cuidar de modo que as pessoas sejam vistas em sua totalidade dentro de um espectro ecológico amplo, que enfatize a visão de que a saúde ou a doença é gerada por uma perturbação, ou desequilíbrio, de uma pessoa em seu sistema global, e não causada apenas pelo seu agente etiológico e pela evolução patogenética.”
A totalidade do individuo incorpora não apenas corpo, mas quadrantes de necessidade e função o físico (corpo e movimento), o intelectual (cérebro e mente), o emocional (sentimentos) e o espiritual (desejo de compreender a si próprio). Trabalhamos para atingir a integralidade, na tentativa de ajudar no processo de recuperação doença/lesão e permanecer saudável, facilitando o fluxo de energia do próprio indivíduo. Acreditamos que o estado natural do corpo é estar saudável, e o binômio corpo e mente pode e realmente consegue curar a si próprio. As evidencias de que as pessoas continuamente se curam é a razão pela qual são realizadas pesquisas clinicas duplo-cegas controladas com placebo.
A massagem assim como o Pilates tem a possibilidade de reabilitar a cultura vigente, uma cultura que entende as pessoas como máquinas em suas atividades profissionais, que tem criado empregos que levam a síndromes do esforço repetitivo, uma cultura que se mostra confusa em relação ao toque, uma cultura que ensina “educação física” nas escolas sem dar informações sobre o corpo, e inclui informações para ignorar os sinais emitidos pelo próprio corpo que indicam que uma posição ou atividade é dolorosa e o que fazer para corrigir isto.
O professor Thomas Hanna, foi muito influenciado pelo método de percepção através do movimento de Feldenkrais (uma das bases com currículo Polestar Pilates/Physio Pilates). A pesquisa de Hanna o levou ao entendimento de que nós podemos adaptar-nos ao estresse através do enrijecimento neuromuscular anormal. A habilidade de contrair ou relaxar um músculo voluntariamente depende diretamente do grau em que este músculo pode ser sentido, estresse ou trauma podem romper este ciclo que resulta numa amplitude limitada de movimento.
Os estudos demonstram que, interações da mente com o corpo alteram os sistemas neurológico e imune, embora ainda não esteja claro de que forma esses sistemas se interagem. O estudo de Black publicado em 1995 na Scientific American demonstra como o cérebro e o sistema imune se interagem por meio de hormônios, neurotransmissores e citocinas transportados pelo sangue e pelos nervos. O estresse produz influências especiais na imunidade. Os efeitos estressantes da vida foram relacionados com a susceptibilidade às infecções, ao câncer e à progressão da infecção pelo HIV.

Os clientes geralmente expressam uma atemporalidade durante uma sessão de massagem e de Pilates. Estas modalidades permitem aquietar nossos corpos e experimentar sensações mais sutis. As pessoas começam a enxergá-las não somente com entidades estruturais que estão contraídas, rígidas ou fora de alinhamento, mas como seres humanos não conscientes, e que para ser saudável, é preciso aprendera se perceber, a se alongar, a se curvar a se torcer, a respirar e a se mover da maneira que a natureza nos preparou para que acontecesse. Os efeitos positivos do Pilates, das massagens, dos toques, das terapias corporais nos trazem de volta um senso de poder, e a consciência sensório-motora intensificada devolve um maior controle sobre nosso corpo, descobrimos novas possibilidades de movimentos, flexibilidade, energia e saúde de uma maneira ampla e aumentada.
Tenho tido uma experiência que tem engrandecido e complementado muito meus trabalhos, uma parceria desenvolvida com a massoterapeuta Rosangela, uma profissional que ama o que faz e principalmente conectada com o “eu” universal em seus atendimento, ato este que acredito ser fundamental para as pessoas que como eu usam muito toque e sentido cinéstesico. E Tracy Walton descreveu isso da seguinte forma:
“Ao tocarmos o corpo, tocamos em todos os eventos que ele vivenciou. Por uns breves momentos, temos em nossas mãos toda a história do paciente. Presenciamos a presença da pessoa em sua própria carne, por meio de alguns dos métodos mais poderosos possíveis: o contato de nossas mãos, a aceitação do corpo sem julgamentos e ocasionalmente a escuta atenta. Com estes gestos, rompemos o isolamento da experiência humana e temos acesso a experiência da própria pessoa. Ao fazermos isso construímos uma ponte que pode curar a todos nós”.

Referências
Black PH. Psychoneuroimmulogy: Brain and immunity. Scientific American. 1995:16-25.
Walton T. The health history of human being. Massage Therapy Journal. Winter 1999.

domingo, 25 de março de 2012

Vídeo antigo de Joseph Pilates - Old video of Joseph Pilates

Um vídeo que encontramos essa semana na internet onde podemos ver uma grande quantidade de exercícios em diversos aparelhos ministrados pelo mestre Joseph H. Pilates.
É claro que o método evoluiu e muitas das coisas que veremos no vídeo caíram em desuso.
Mas vale a pena conferir como nosso amado Joe atuava em sua época.


A video that we found this week on the internet, we can see a lot of exercises in various equipments ministered by the master Joseph H. Pilates.

Today the method has evolved and many of the things we see in the video fell into disuse.
But worth checking out as our beloved Joe worked in his time



sexta-feira, 23 de março de 2012

POWERHOUSE (CORE)

Um dos maiores conceitos por trás do método Pilates é o conceito de centro. Joseph acreditava que todos os músculos do corpo deveriam ser fortes e ao mesmo tempo flexíveis, também acreditava que uma maior ênfase deveria ser dada aos músculos do centro, ou “core”, do corpo. Ele chamou esta região de “POWERHOUSE”. O próprio Joseph nunca deixou por escrito os parâmetros do POWERHOUSE. 


pelvic_floor 

A definição rigorosa de POWERHOUSE “é centro do corpo o ponto exato entre a metade superior e a metade inferior do seu corpo, entre lado direito e esquerdo”. 

pelvic_floor2 

Uma definição mais ampla diz que ele vai do assoalho pélvico inferiormente ate a caixa torácica superiormente. Em outras palavras POWERHOUSE é o centro do corpo e a partir dele os músculos das extremidades realizam suas ações.
Componentes
Expandindo os conceitos de POWERHOUSE além de assoalho pélvico e caixa torácica, vamos ver as partes do corpo que estão contidas no POWERHOUSE:
a) Abdômen é defino como a parede anterior e posterior, o que inclui a coluna lombar.
b) As articulações são as da coluna lombar, incluindo a articulação lombo-sacra entre a coluna lombar e a pelve, e as articulações entre a pelve e a coxa (articulação fêmur-acetabular).
c) Além dos grupos musculares, do qual falarei os principais: músculos do abdômen (reto abdominal, obliquo externo e interno e transverso do abdômen), parte posterior os músculos da coluna definidos com extensores (eretor da espinha, transversos-espinhais, quadrado lombar, multifídios), extensores de quadril (glúteo máximo, isquiotibiais, e adutor magno), flexores de quadril ( iliopsoas, reto femoral, sartório, tensor da fácia lata, e os abdutores), músculos do assoalho pélvico (levantador do ânus, coccixígeno, transverso períneal profundo e superficial e outros).
Neste ponto cabe salientar que várias escolas de Pilates diferem quanto ao que venha de fato estar incluído no POWERHOUSE. Nem mesmo Joseph Pilates chegou a deixar isto por escrito, deixando margens para que seus próprios alunos interpretassem a sua maneira. Eu como instrutor acredito que em uma grande parte dos exercícios ou movimentos a principal parte é o que está compreendida entre o assoalho pélvico e a caixa torácica superiormente. Mas, em outros movimentos envolvem os músculos que não estão diretamente nesta região, ex os glúteos, que também de certa forma ajudam a estabilizar para realização de um movimento eficiente.
exemplo DART
DartFin
Quando executamos o movimento de estender a coluna em um arco de movimento pequeno, acionamos predominantemente os músculos entre caixa torácica e assoalho pélvico, aumentando a amplitude do movimento, os glúteos são acionados em uma atitude de estabilizar, via sistema de fáscias, a coluna lombar diminuindo efeitos de compressão na mesma.
 

Muscles_backLegs1a
O próprio ato de estender o quadril, para um movimento normal , a pelve deve estar estabilizada e o mesmo se aplica para um movimento normal da pelve, a coluna lombar deve estar estabilizada. A ativação muscular seria primeiro os ísquiostibiais, seguidos instantaneamente pelos glúteos, eretores da coluna contralaterais e posteriormente os homolaterais . Esta seqüência se faz necessária para proteger a coluna inferior, caso contrario, a pelve não será estabilizada o suficiente ocorrendo um aumento da lordose lombar, a fim de permitir uma extensão normal no quadril, criando uma coluna inferior instável.

Fonte: 
  •  Alvaro Alaor
  • Pilates, J.H., Miller, W., 1945 Pilates return to life through contrology Muscolino, J.E., Cipriani, S., Pilates and the “powerhouse” I, 2004,8, 15-24.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pilates X Atletas de futsal


 


A flexibilidade consiste na capacidade motora relacionada com a amplitude de movimento atingida por cada articulação. A flexibilidade sofre decréscimo com a idade; durante a adolescência, devido ao estirão de crescimento puberal, ocorre considerável perda dessa característica. Sabe-se, também, que atletas de futebol e futsal, como resultado dos programas de fortalecimento visando o gesto do chute, tendem a apresentar considerável encurtamento da musculatura posterior da coxa, o que promove perda de rendimento e predispõe o atleta a lesões musculares. 

A palavra flexibilidade é derivada do latim flectere ou flexibilis, “curvar-se”. Talvez uma das definições mais simples seja a amplitude de movimento disponível em uma articulação ou grupo de articulações, sendo limitada por ossos, músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares.
Ao contrário do que ocorre com a musculatura, a capacidade de alongamento de tendões, ligamentos e cápsulas é muito limitada, devido a sua função de estabilização articular. Weineck descreveu a influência dos diferentes tipos de tecidos que contribuem na flexibilidade para resistência articular: cápsula e articulação, 47%; musculatura, 41%; tendões, 10%; e pele, 2%.
A flexibilidade é uma capacidade individual, pois depende de fatores como: herança genética, sexo, idade, volume muscular e adiposo, além de fatores externos como treinamento, temperatura ambiente, etc.
Essa capacidade vai se perdendo com a idade, principalmente durante a adolescência e, acentuadamente, no sexo masculino.
Acredita-se que até os 17 anos a flexibilidade possa ser recuperada e, inclusive, incrementada por programas de treinamento adequados. Após essa idade, tanto para homens quanto para mulheres, essa capacidade tende a reduzir-se progressivamente.
Com o aumento da flexibilidade muscular, os exercícios podem ser executados com maior amplitude de movimento, maior força, mais rapidamente, mais facilmente, com maior fluência e de modo
mais eficaz.
A falta de flexibilidade é um fator limitante ao desempenho esportivo, sendo um fator facilitador de lesões
musculares.
O futebol de salão (futsal) é um esporte em ascensão mundial, atraindo cada vez mais adeptos. Devido à facilidade de encontrar espaços para sua prática, é um dos esportes mais difundidos no Brasil, sendo jogado por mais de 12 milhões de brasileiros, segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol de Salão – CBFs afirma que, quando adolescentes entram em centros de formação futebolísticos, os treinamentos intensos, a musculação e, talvez, programas de flexibilização mal-elaborados formam um atleta com pouca flexibilidade. Consequentemente, o gesto esportivo (no caso, o chute) apresenta-se menos preciso e menos potente, justamente pela deficiência de flexibilidade, especialmente na musculatura posterior de coxa (isquiotibiais). Este grupo muscular, juntamente com o grupo posterior da perna (gastrocnêmios), são os mais propensos a estiramentos musculares (lesão gerada pelo alongamento exagerado das fibras ou contrações musculares bruscas). Estes músculos caracterizam-se por ser biarticulares e por solicitação excêntrica em grande parte do tempo (por exemplo, os isquiotibiais na fase de desaceleração do chute e os gastrocnêmios na aterrissagem)
As principais técnicas para o desenvolvimento da flexibilidade são: balística, alongamento, estática e FNP (facilitação neuromuscular proprioceptiva).
Entretanto, técnicas como o Pilates vêm surgindo como novas opções a serem estudadas, testadas e comprovadas.
A técnica recebe esse nome por fazer referência a seu criador, Joseph Pilates (1880-1967). Os primeiros praticantes da técnica foram quase exclusivamente dançarinos e atletas. No entanto, nos últimos anos, o Pilates tornou-se um método popular na reabilitação e no fitness. Nos Estados Unidos, são mais de cinco milhões de praticantes e em uma simples busca na internet surgem mais de 200 vídeos disponíveis sobre o assunto
O treinamento de Pilates pretende melhorar a flexibilidade geral do corpo e busca a saúde através do fortalecimento do “centro de força”, melhora da postura e coordenação da respiração com
os movimentos realizados. Visando o movimento consciente sem fadiga e dor, o método baseia-se em seis princípios: a respiração, o controle, a concentração, a organização articular, o fluxo de movimento e a precisão. É um método que trabalha com exercícios musculares de baixo impacto contracional, fortalecendo intensamente a musculatura abdominal. Entretanto, mesmo com os efeitos benéficos proporcionados pela técnica, existe escassez de estudos acerca dessa modalidade terapêutica, sobretudo em atletas.
Assim, o objetivo do presente artigo foi verificar o efeito sobre a flexibilidade proporcionado por um programa de Pilates em uma população altamente propensa a limitações dessa capacidade e que pode usufruir de inúmeros benefícios com o incremento da mesma.

O método Pilates mostra-se uma ferramenta terapêutica eficaz no acréscimo da flexibilidade de atletas altamente propensos à diminuição dessa condição, tanto pela modalidade esportiva que praticam, quanto pelo ciclo vital em que se encontram. É, então, uma importante alternativa na prevenção e na recuperação de lesões desencadeadas pela diminuição do comprimento muscular.

 

Fonte:

  • Efeito de um programa de treinamento utilizando o Método Pilates na flexibilidade de atletas juvenis de futsal. 
Imagem:
  • Google



segunda-feira, 19 de março de 2012

Efeito do Pilates nas algias da coluna vertebral



 


O ser humano, ao adotar a postura bípede, passou a  sofrer consequências pelo uso forçado das articulações. Sendo assim, surgem alterações posturais que podem desencadear dores. 
Vários métodos foram criados a fim de amenizar estas alterações e algias. Dentre eles o Método Pilates vem sendo amplamente discutido por apresentar resultados satisfatórios.  
O Método Pilates foi criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates em 1926 com objetivo de integrar corpo, mente e espírito. Ele preconizava 6 princípios básicos que deveriam ser seguidos nos seus exercícios, são eles: centro de força, concentração, controle, precisão, respiração, e fluidez de movimento.  
Quando aplicado de forma terapêutica, as indicações são bastante vastas podendo ser tanto para atletas quanto para idosos. Assim, torna-se indispensável que o fisioterapeuta tenha amplo conhecimento da técnica e da patologia que esta será aplicada. 
Avaliar e quantificar as dores e a postura do indivíduo oferece dados que podem ser de grande valia ao pesquisador para observar a eficácia ou não da técnica aplicada. 
Joseph Hubertus Pilates criou um método considerado revolucionário para sua época e foi uma das primeiras pessoas a enxergar o corpo humano inserido no meio ambiente de forma holística. Ele afirmava que seus exercícios eram justamente o que as pessoas precisariam no novo milênio. 
A técnica preconiza uma respiração associada aos movimentos, sendo que a expiração deveria acontecer quando o aluno estivesse prestes a realizar o esforço físico.
 A respiração correta nutre os músculos com oxigênio, ajuda a eliminar as toxinas, melhora concentração e, consequentemente, alivia a tensão nervosa. O padrão respiratório do método é considerado uma terapia porque busca-se diminuir o seu ritmo aumentando a sua profundidade.
O exercício físico tem demonstrado proporcionar, subjetiva e cientificamente, benefícios psicológicos e fisiológicos, melhorando a saúde e a qualidade de vida dos praticantes. 
 “O método Pilates é a completa coordenação de corpo, mente e espírito.” Nele preconizase a melhora de funcionamento do corpo humano através da aplicação dos seis princípios básicos que são fundamentais para atingir uma boa condição física, mental e espiritual. Além disso, os exercícios buscam sempre evitar o impacto ou a pressão sobre as articulações, os tecidos e os músculos.  Por conseguinte, aqueles que o praticam  com regularidade têm como resultado um corpo mais forte e flexível, uma postura melhor, movem-se com maior desembaraço, têm uma aparência mais vistosa e relatam sentir mais energia e bem estar.
A postura corporal está diretamente ligada à personalidade, ao meio em que se vive, à atitude em relação às situações da vida, ao tipo de trabalho, ao meio social e também às forças muscular e gravitacional. A boa postura é aquela que é visualmente aceitável e também quando há um equilíbrio e um bom funcionamento entre as estruturas e os órgãos. Para trabalhar na prevenção de problemas posturais é necessário respeitar as características biomecânicas de cada indivíduo, utilizar mobiliários e ferramentas adequadas, ter pausas durante o trabalho e considerar que a postura é uma estrutura complexa que vai variar de pessoa para pessoa. 
O Método Pilates mostra-se eficiente na reabilitação de lesões ortopédicas e neurológicas 
quando envolver dores crônicas, podendo ser aplicado em várias áreas de fisioterapia e educação física, inclusive na reabilitação pediátrica. Porém, estudos antropométricos devem ser feitos para validar seus resultados. 

 

Fonte:
  • Efeitos do Método Pilates nas algias e nas curvaturas da coluna vertebral. Um estudo de caso.
Imagem:
  • Google



sábado, 10 de março de 2012

Diafragma



O DIAFRAGMA



DOWNEY, R. Normal Anatomy of the Diaphragm. Thorac Surgical Clinics, Vol. 21, pág. 273-270, 2011.

MAISH, S.M. The Diaphragm. Surgical Clinics of North America Vol. 90, pág. 955–968, 2010.

     
           

            O desenvolvimento do diafragma se inicia na sétima semana de gestação e está completo por volta da décima semana. Ele é derivado de quatro precursores embriológicos: o septo transverso, as membranas pleuroperitoneais direita e esquerda e o mesentério dorsal do esôfago. A sua última fase é a formação do componente neuro-muscular, onde as fibras musculares migram a partir do terceiro, quarto e quinto miótomos cervicais. Os nervos frênicos também decorrentes do terceiro, quarto e quinto nervos cervicais migram distalmente, completando a fase final do desenvolvimento do diafragma.
            O diafragma é uma membrana em forma de cúpula músculo-fibrosa que separa o tórax da cavidade abdominal. Tem uma porção muscular periférica e uma parte fibrosa central. Tem três grandes feixes musculares (esternal, costal e lombar) e um tendão fibroso central composto por três folhetos: direito, esquerdo e médio. As principais estruturas passam por três aberturas: a abertura da veia Cava (T8), o hiato esofágico (T10) e o hiato aórtico (T12). Além da aorta, o hiato aórtico  permite a passagem para o ducto torácico e a veia ázigo. O hiato esofágico permite a passagem  do esôfago e dos troncos vagais anterior e posterior.
           As origens do músculo são: anteriormente no esterno, lateralmente nas seis costelas inferiores e posteriormente nos ligamentos arqueados. Os pilares são feixes musculares posteriores que surgem a partir das vértebras lombares: o pilar direito de L1-L3 e o esquerdo de L1-L2.
         O suprimento arterial principal é realizado pelas artérias frênicas inferiores direita e esquerda. Um suprimento adicional é feito através das artérias mamárias internas direita e esquerda. As veias frênicas inferiores realizam a drenagem para a veia cava. 
           O diafragma é inervado exclusivamente a partir dos nervos frênicos direito e esquerdo, que se originam de C3-C4-C5. Esses nervos exercem tanto a função sensorial como a motora. Eles atravessam a cavidade torácica posteriormente e movem-se anteriormente sobre o pericárdio. Cada nervo divide-se em quatro troncos: antero - lateral, póstero-lateral, esternal e tronco crural. Eles penetram o diafragma cursando sua face inferior, sendo vistos novamente no abdome. Outras estruturas nervosas passam pelo diafragma, porém não fazem parte de sua inervação, como por exemplo os nervos esplênicos maiores e menores e os troncos simpáticos.
           A principal função do diafragma é a respiração, para isso é necessário que suas duas hemi-cúpulas estejam intactas. A lesão de um nervo frênico provoca a elevação desta cúpula diafragmática prejudicando a mecânica respiratória. O diafragma também tem funções não respiratórias, incluindo a separação da cavidade abdominal e torácica; auxilio na expulsão do vômito, fezes e urina através do aumento da pressão intra-abdominal e também de impedir o refluxo ácido, por meio de uma pressão sobre a parte inferior do esfíncter esofágico.
           Além de alterações congênitas ele também é sede de disfunções adquiridas e dentre estas, as hérnias diafragmáticas crônicas são bastante comuns.  Elas podem permanecer assintomáticas por meses ou anos após a lesão inicial. Em alguns casos é necessária a intervenção cirúrgica porque o conteúdo da hérnia pode ser estrangulado, levando a isquemia ou necrose do intestino, estômago, fígado, baço ou outros órgãos. 
         Sem dúvidas a principal função deste músculo é a respiração. Porém, sabemos que dentro de sua vasta funcionalidade o diafragma exerce outras funções importantes. Em ambos os artigos os autores relatam como função extra-respiratória o aumento da pressão intra-abdominal e a ação sobre a junção gastro-esofágica, entretanto, sua potencialidade vai além. 
          O diafragma apresenta uma importante função hemodinâmica, pois além de exercer uma pompagem sobre as vísceras e sobre todos os tecidos que estão conectados a ele, age como uma "pseudoválvula" auxiliando o retorno venoso. No momento da inspiração, suas fibras musculares  exercem uma tração sobre o orifício da veia cava, aumentando seu diâmetro. Além disso, a descida do diafragma aumenta a projeção horizontal deste orifício e facilita a subida do sangue.Na expiração, o relaxamento muscular permite que o orifício se feche parcialmente, impedindo a descida do sangue venoso. Desta maneira, contraindo e relaxando, o diafragma vai trabalhando como uma "bomba" venosa e também massageando e dinamizando o funcionamento das vísceras infra-diafragmáticas.
        Outra relevante função hemodinâmica está em relação ao coração. Na inspiração o pericárdio é estirado para baixo pelo diafragma e transversalmente pela caixa torácica. Na expiração, o diafragma sobe e o pericárdio relaxa. Essa alternância (tensão-relaxamento), vai agir sobre as paredes cardiacas e as coronárias contribuindo para um bom aporte sanguíneo ao coração.
          Mais um fato que nos mostra sua relevante importância para o bom funcionamento de todos os sistemas, é que além de ter uma estreita relação com o plano visceral, o diafragma também está conectado com todas as cadeias musculares.  Desse modo, ele pode parasitar ou ser parasitado, tanto pelo  plano muscular como visceral. Assim sendo, para que ele exerça suas funções de maneira qualitativa é imperativo que esteja livre de tensões. Se não está trabalhando de maneira eficiente é porque não pode fazer mais e não porque está fraco. Seu tratamento não consiste na reeducação ou no fortalecimento mas sim, na liberação do próprio diafragma e de todas as tensões que podem estar prejudicando seu funcionamento.
       

            "Devolva a liberdade de movimento, não importa a que estrutura, e elas retornarão totalmente às suas funções.” Leopold Busquet

         Murilo De Marco
      Professor assistente da Formação Busquet no Brasil

domingo, 4 de março de 2012

Osteomalácia/ Raquitismo



Definição

Forma de osteopenia caracterizada pela mineralização deficiente ou não-mineralização do osteóide da matriz óssea, ocasionada por redução dos níveis sanguíneos de cálcio e fósforo em indivíduos com o esqueleto já formado. Em crianças, utiliza-se o termo raquitismo.

Incidência

O raquitismo nas crianças em crescimento e a osteomalácia nos adultos são doenças esqueléticas mundiais. No entanto, nos países desenvolvidos ocorrem raramente, uma vez que não há deficiência nutricional. 

Etiologia

A principal causa da osteomalácia é a carência nutricional, provocada por:

  • Deficiência da vitamina D ou distúrbios no metabolismo da vitamina D (insuficiência renal crônica);
  • Exposição insuficiente á luz solar, com menor síntese de endógena de vitamina D;
  • Distúrbios do metabolismo do fosfato (reabsorção insuficiente de fosfato);
  • Deficiência de cálcio.
Patogênese

A função principal da vitamina D é a manutenção dos níveis plasmáticos normais de cálcio e fósforo. Para que isso ocorra, a vitamina D estimula a absorção intestinal de cálcio e fósforo, colabora com o hormônio da paratireóide na mobiliação de cálcio do osso e estimula a reabsorção de cálcio nos túbulos renais distais. A vitamina D também é responsável pela mineralização normal da cartilagem epifisária e da matriz osteóide.

Quadro Clínico


No adulto, os sintomas são mais discretos do que em crianças. O quadro clínico, segundo Esterber, é caracterizado por:

  • Hipotonia e fraqueza muscular;
  • Dificuldade das mudanças posturais;
  • Dificuldade de deambulação;
  • Deformidade em ossos longos;
  • Baixa estatura;
  • Contraturas musculares;
  • Distúrbios de crescimento;
  • Retardo do fechamento das fontanelas;
  • Achatamento da placa epifisária;
  • Apatia, desatenção;
  • Risco de fraturas;
  • Dor lombar de longa duração;
  • Hipersensibilidade óssea.
Diagnóstico

Para que se obtenha o diagnóstico devem ser analisados exames laboratoriais e biópsia óssea.

Exames laboratoriais

  • Sangue: cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, creatinina, PTH
  • Urina 24 horas: cálcio e creatinina
  • Avaliar Tm P/GFR- (limiar de reabsorção de fósforo)
Biópsia Óssea

  • Local: crista ilíaca
  • Exame: histomorfometria dinâmica  
Radiologia


Constituem sinais radiológicos clássicos da osteomalácia os aumentos da transparência do osso, em forma de tiras, nos locais mecanicamente mais solicitados: arcos pubianos, ossos longos tubulares, principalmente no colo do fêmur, e curvatura das costelas. Em geral, deve ser realizada a radiografia do esqueleto inteiro e, especificamente em crianças, a radiografia de punhos e mãos. Na radiografia do esqueleto, deve-se observar a existência de fratura, pseudofratura, epífises radiopacas, ossos longos arqueados e achatamento vertebral.

Tratamento fisioterapêutico

O objetivo do tratamento fisioterapêutico do paciente com o osteomalácia ou raquitismo consiste em:

  • Alívio da dor;
  • Melhora do equilíbrio, visando sempre à prevenção de quedas e consequentemente de risco de fraturas;
  • Redução da contratura muscular;
  • Manutenção da mobilidade articular;
  • Prevenção do aparecimento de deformidades;
  • Fortalecimento muscular;
  • Orientação postural;
  • Condicionamento físico;
  • Melhora da atividade funcional;
  • Manutenção ou restauração da independência;
  • Treino de marcha;
  • Treino de mudanças posturais;
  • Treinamento das atividades de vida diária.
Fonte:

  • Chiarello B., Driusso P., Radl A. L.M. Fisioterapia Reumatológica, 1ª edição, São Paulo, Manole, 2005.
Imagens:
  • Google

 
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