quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Uma proposta de inclusão do método GDS no tratamento multidisciplinar da anorexia nervosa



Este artigo propõe a inclusão da terapia corporal baseada no método GDS no tratamento multidisciplinar da anorexia nervosa. A conduta usual do tratamento esta relacionada com a sua complexidade. A etiologia dos transtornos alimentares é constituída por um conjunto de fatores em interação, que envolvem componentes biológicos, psicológicos familiares e sócio-culturais. Tais aspectos determinam as dimensões necessárias na abordagem do tratamento desses transtornos. Isso porque a complexidade da condição clínica exige uma abordagem integrada e multiprofissional. Uma equipe composta por psiquiatra, clínico geral, psicólogo e nutricionista é o alicerce do tratamento, sobretudo em esquema ambulatorial e hospitalar. 
Existem três categorias de transtornos alimentares: anorexia nervosa (AN), bulimia e obesidade. O foco deste artigo será na anorexia nervosa, que é um transtorno alimentar caracterizado principalmente pela limitação da ingestão de alimentos devido à ideia "obcecada" de ser magra, aliado a um medo exarcebado de se ganhar peso chegando ao extremo de recusa alimentar. 
Segundo o DMS IV, a AN é caracterizada por: perda acentuada de peso, medo mórbido de engordar e alterações endócrinas.
O SID. -10 descreve como:
- o peso corporal é mantido em pelo menos 15% abaixo do índice de massa corporal esperado
- a perda de peso é auto-induzida
- transtornos endócrinos generalizados, hipotalâmico-hipofisário-gonadal.
- distorção de imagem corporal 
- início geralmente puberal.
Basicamente, na literatura médica, distingue-se dois tipos de anorexia nervosa: a do tipo restritivo e a do tipo compulsão periódica/purgativa. Na grande maioria, são mulheres que mesmo após perder muito peso, ainda permanecem com esse medo de engordar. A imagem corporal que elas possuem de si apresenta-se distorcida: mesmo estando magras, se percebem "gordas".
Estão presentes nesses transtornos rituais diários de controle de peso: pesar-se várias vezes ao dia, fazer medições do corpo e calcular a quantidade de calorias ingeridas. A manifestação pode variar de leve até casos fatais e é considerada pela psiquiatria uma "doença mental", mas com consequências físicas certíssimas e muitas vezes irreversíveis, que atinge 90% mulheres.
O corpo, na anorexia, quando na ausência de calorias, passa a se alimentar de suas próprias proteínas alimentares, ocasionando irregularidades no ritmo cardíaco ou mesmo uma insuficiência cardíaca. Apresentam queixas de constipação intestinal, dor abdominal, hipotermia (intolerância abaixo temperatura ambiente), pele ressecada e de aparência pálida, amenorréia (nas mulheres), diminuição do útero. Há também os sinais comportamentais que denotam uma grande preocupação: dificuldade de comer na presença de outras pessoas, hábitos alimentares diferentes como cortar o alimento em pedaços minúsculos , perfeccionismo, depressão, irritabilidade, mudanças constantes de humor, isolamento social, manias obsessivo-compulsivas (limpezas, organização...) e dificuldades de relacionamento.
Apesar de vários "grupos de risco", vemos cada vez mais casos de anorexia associados ao mundo da moda e dança, profissionais que tem alta exigência de que o corpo seja "magro e esguio". O padrão de beleza atual é rígido e cruel. Mulheres ávidas por um corpo esbelto e sem curvas travam uma verdadeira luta com seu próprio corpo.
A mulher moderna, sob ponto de vista sócio-cultural, está diante de uma enxurrada de informações veiculadas principalmente pela mídia que traz a seguinte mensagem: temos que ser  belas, jovens e saudáveis! Graças também a elas, convivemos com a tirania da perfeição física e do não envelhecimento. As revoluções femininas apontam conquistas e também armadilhas. Ao mesmo tempo em que a mulher conquistou o mercado de trabalho e a liberdade de escolha quanto ao momento da maternidade, existe hoje a busca de um corpo perfeito e, ainda que de uma forma diferente, a mantém num lugar de submissão. "Na contemporaneidade, o corpo idealizado é o corpo do consumo, nisso o sujeito é inserido na engrenagem de um sistema de consumo que lhe impõe ter desejos. Desejos que não deverão ser nunca satisfeitos, pois é do desejar sempre mais, sempre outra coisa, que esse sistema de consumo se alimenta. Já não se trata da máquina de produção que se alimentava de corpos, mas da lógica do consumo que alimenta sujeitos nunca saciados. 
Com isso, no lugar do indivíduo anônimo se instala o valor do indivíduo diferenciado, que se destaca dos outros, de imediato, pela sua aparência. Uma aparência da qual se assume ser a vitrine mais evidente e inequívoca do sujeito. Em pleno domínio da ditadura da aparência".
O ideal de beleza feminina passou a valorizar a busca de uma identificação com aquelas mulheres lindamente penteadas, maquiadas e magérrimas que a mídia faz questão de mostrar e não com a busca de uma identidade e de um corpo, que são individuais. Na busca de um ideal nos perdemos nos corpos do parecer. A beleza tornou-se um dever moral, saiu do âmbito físico.

A onda da consciência deve ser vivenciada em uma determinada cronologia: existir, construir e agir, ou seja, AM, PA e PM.
Para a autora a doença não existe, o que existe é uma dificuldade em realizar o projeto de base. E os transtornos alimentares tem ressonância com a não realização de um projeto PA (póstero-anterior), um ideal a ser construído e alcançado, de beleza, eixo e de ser. 
A primeira onda AM (ântero-medial), da criança, é vivida na família. Mas é na adolescência que se inicia a segunda onda PA-AP (sexualidade). Por isso, para se vivenciar esta estrutura, a anterior deve estar alimentada, dando base para esta construção.
Portanto, na anorexia poderíamos pensar na falta de uma boa maturação da estrutura AM, que é a estrutura responsável pela formação do ego e que dá a noção de existir, intimamente ligada à sensação corporal. O AM precisa de presença física, contato e estrutura. Tem urgência em sentir-se a si mesmo. Busca "um invólucro que lhe dê segurança, construído de múltiplas maneiras no seio do casulo familiar, ao redor da filiação racial, de suas tradições e ritos ancestrais. 
Está ligada ao reconhecimento de si, e ao sistema imunológico, com a "ajuda" de outra estrutura (AL).
No bebê, o sistema cenestésico predomina de modo absoluto, é a idade da mais profunda não-diferenciação, na qual o afeto e o percepto ainda são um só. Mas somente em idades subsequentes que poderemos compreender o papel desempenhado pelos afetos na percepção.
A sensibilidade mais a imagem conduzem ao gesto justo.
a ausência de imagens é, para o cérebro, uma ausência de referência que comporta um risco de exatidão.
A boa construção do eixo e da individualidade depende de imagens justas e de uma sensibilidade corporal desperta. 
Na anorexia, o corpo desencarnado "pede" a construção integral da unidade corpo/mente. Unidade esta que necessita da construção de uma bacia (base) para o crescimento do eixo vertebral, necessita a validação sensória para a construção da individualidade. Gerando um desenvolvimento com independência e com intimidade (com os outros e com si mesmo).  

Fonte:
  • Revista Olhar GDS, As cadeias musculares GDS e suas aplicações terapêuticas, 2007, nº1.
Imagem:
  • Google

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Natal Metacorpus

Primeiro Natal do nosso blog Personal High Performance.
Desejamos a todos os leitores do blog e amigos um maravilhoso Natal, cheio de amor, luz e paz.
Uma homenagem da equipe de Pilates Metacorpus do RJ.

Diego Ramon e Silvana Souza



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pilates e qualidade de vida para idosos


A atual busca por atividades físicas que promovam maior segurança para seus praticantes é constante, observando-se que esta preocupação pode ocorrer com maior frequência no público adulto e idoso. Dentre as diferentes ofertas de atividade física para o idoso que se encontram hoje nas academias, centros de convivência, clubes, escolas de dança, centros comunitários e/ou associações desportivas, enfim, espaços onde existe a proposta de atividade física, independente da modalidade executada, o Método Pilates vem ganhando amplitude e maior divulgação nesses ambientes de lazer, esporte e educação.
Uma aula de Pilates bem orientada por um profissional habilitado, é praticamente inexistente a possibilidade de lesões ou dores musculares, pois o impacto é zero”. Segundo uma entrevista realizada em um site especializado em saúde, justificou que a receptividade dos idosos frente ao Método Pilates se deve ao “respeito aos limites do corpo evita lesões e desgaste físico: a respiração correta aumenta a capacidade pulmonar e melhora a circulação; e o trabalho individualizado permite corrigir desvios posturais, trabalhando mais determinados músculos que outros. Isso é bom para todos, desde o esportista que não quer se machucar, até quem está se recuperando de um derrame”. A proposta do Método Pilates pode ser de melhoria na qualidade de vida de seus praticantes, através de uma condição otimizada de uma nova postura, desenvolvendo maior mobilidade, equilíbrio e agilidade, embasando-se numa tonificação muscular e em um ganho de flexibilidade e elasticidade, atingidas através de seus exercícios específicos. Contudo, a comprovação dos efeitos reais para os praticantes deste método se faz relevante, se considerarmos toda a importância da atividade física no cotidiano do idoso que necessita de um planejamento específico para essas atividades e de profissionais qualificados.
Partindo do pressuposto de que a população idosa está crescendo, alguns autores afirmam que no Brasil o número de idosos ( 60 anos de idade) passou de três milhões em 1960, para 7 milhões em 1975 e 14 milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos) e estima-se que alcançará 32 milhões em 2020. E, também sugere que temos de encontrar os meios para: incorporar os idosos em nossa sociedade, mudar conceitos já enraizados e utilizar novas tecnologias, com inovação e sabedoria, a fim de alcançar de forma justa e democrática a equidade na distribuição dos serviços e facilidades para o grupo populacional que mais cresce em nosso país.
O envelhecimento humano como uma designação geral para um complexo de manifestações, que leva a um encurtamento da expectativa de vida com o aumento da idade. Sendo uma alteração irreversível da substância viva em função do tempo, dando manifestações de desgaste e um processo biológico, que leva à limitação das possibilidades e adaptação do organismo e ao aumento da possibilidade de morrer, reduzindo,
assim a capacidade de desempenho físico e mental do indivíduo. E, finalmente seria a consequência das alterações que os indivíduos demonstram, de forma característica, com o progresso do tempo da idade adulta até o fim da vida. Alguns especialistas em gerontologia e geriatria, às vezes, referem-se a pessoas entre 65 e 74 anos como idosos jovens, àquelas com mais de 75 de idosos velhos, e as com mais de 85 anos como idosos mais velhos. Contudo, esses rótulos podem ser mais úteis quando utilizados para se referirem à idade funcional. O conceito de velhice e as vantagens e desvantagens dessa etapa da vida foram verificados em um estudo no ano de 2003 com idosos participantes do Programa Conviver executado pela Secretaria Municipal de Bem Estar Social da Prefeitura Municipal de Cuiabá/MT. As desvantagens de ser velho apareceram em maior número de depoimentos, havendo uma grande ênfase nos fatores econômicos e de saúde, que implicam em limitações e prejuízos no dia-a-dia. O envelhecimento traz uma perda de resiliência não apenas fisiológica, mas também emocional e psicológica. Assim o idoso tende à depressão diante da doença por um conjunto multifatorial de determinantes como: menor resiliência emocional para suportar a enfermidade do que o jovem, sejam elas associadas à terceira idade, crônicas ou neurológicas, perdas e um distanciamento de suas referências no mundo moral, cultural, religioso e social do idoso.
A partir da reflexão deste fenômeno, cabe aos diferentes profissionais da área da saúde que estudam o envelhecimento humano, enquanto processo biológico, social, econômico, cultural e psicológico estarem atentos para a necessidade de independência do idoso. Principalmente, durante a realização de atividades corriqueiras, especificamente, as atividades de vida diária. Estas atividades têm o seu valor essencial para a autonomia do idoso, respeitando assim, primordialmente, a sua condição de vida e valorizando a dignidade humana.
O surgimento de um “novo-idoso”, com auto-suficiência e capacitado a administrar as suas tarefas diárias poderá ser uma conquista desta população e também dos profissionais envolvidos nesse planejamento para estratégias de qualidade de vida na velhice.
Envelhecer saudavelmente faz parte de um amplo processo de aprendizagem, porque a velhice está condicionada por normas e costumes que influenciam as diversas formas de agir dos sujeitos. Aprender a envelhecer é um processo que não começa depois dos 60 anos. Ele começa ainda na infância, porque é nessa etapa da vida que começam a interiorizar os sistemas normativos. Daí a ênfase dada aos trabalhos que integram gerações porque são importantes fontes de aprendizado.
Para a promoção de um envelhecimento ativo e saudável, a prática de atividade física serve como estratégia para uma melhor qualidade de vida. O que fortalece a necessidade de manutenção quando possível, de uma vida ativa ao longo do processo de envelhecimento humano. Segundo o Estatuto do Idoso, baseado na Lei número 10.741/2003, no que se refere o artigo 20 do capítulo V, “o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade”. O âmbito da atividade física para os idosos está centrado em quatro itens que são definidos nos seguintes termos: prevenção, manutenção, reabilitação e recreação. Qualquer pessoa, independente da idade, que realize atividade física o faz com um desses objetivos, ou para melhorar e manter a saúde, ou para sentir-se bem, ocupar o seu tempo livre, o qual redunda em um melhor bem-estar psíquico. Realizando atividade física, atinge-se uma melhora física, psíquica e sócio-afetiva. Tudo isso faz com que a qualidade de vida melhore.
As possibilidades positivas da atividade física na velhice, se justificam pelo consenso que, grande parte dos mecanismos implicados no processo de envelhecimento que são facilmente modificados pelo estilo de estilo de vida e pelos hábitos higiênicos e dietéticos adotados ao longo da vida. De tal maneira que quando se cumprem as recomendações destinadas a melhorar a saúde da população, pode-se atrasar e, inclusive, evitar problemas típicos da terceira idade. Recomendações como se movimentar e permanecer ativos, a mobilidade é a chave para manter-se jovem, são importantes, pois nada pior do que a imobilidade para envelhecer rapidamente.
Os benefícios da atividade física para idosos são inúmeros, esses benefícios abrangem desde o campo físico até o social: aumento da capacidade aeróbia; aumento na ventilação voluntária; melhora na flexibilidade; melhora na resistência muscular localizada; aumento do conteúdo de minerais ósseos; diminuição da resistência vascular; melhor tolerância à glicose; redução da concentração de lipídios; melhora do estado de ânimo, aumento da vitalidade e melhora significativa da qualidade de vida.
A elaboração de um programa de atividade física para a terceira idade deve levar basicamente em consideração o preparo, para que o idoso possa cumprir suas necessidades básicas diárias impostas pelo cotidiano.
A prescrição de exercício para idosos aponta que, os princípios gerais da prescrição se aplicam aos adultos de todas as idades. As adaptações relativas ao exercício também são semelhantes às dos outros grupos etários. A melhora percentual no VO2máx. de pessoas idosas é comparável àquela relatada na população mais jovem. Lamentavelmente, a inatividade física é mais comum no idoso que em qualquer outro grupo etário e pode contribuir para a perda de independência na idade avançada. Os componentes particularmente importantes da prescrição do exercício incluem aptidão cardiovascular, treinamento de resistência e flexibilidade.
O processo de envelhecimento traz alterações da força, portanto a força máxima de uma pessoa, geralmente bem acima das demandas diárias no início da vida, diminui de forma constante com o envelhecimento. Por exemplo, a capacidade de mudar da posição sentada para a posição em pé é comprometida em torno dos 50 anos e, por volta dos 80 anos, essa tarefa torna-se impossível para algumas pessoas. Os adultos mais velhos são tipicamente capazes de participar de atividades que exigem apenas quantidades moderadas de força muscular.
O Método Pilates "é um sistema de exercícios que possibilita maior integração do indivíduo no seu dia–a–dia. Trabalha com o corpo como um todo, corrige a postura e realinha a musculatura, desenvolvendo a estabilidade corporal necessária para uma vida mais saudável e longeva". Em suma, o método Pilates foi criado para se conseguir um corpo saudável, uma mente saudável e uma vida saudável. O Método Pilates com uma só palavra diriam que é movimento, com duas palavras diriam movimento com controle, e se tivessem de fazê-lo com três palavras seriam força, elasticidade e controle. Finalmente, “uma boa condição física é o primeiro requisito para ser feliz”, esta frase de Joseph Hubertus Pilates poderia resumir perfeitamente a filosofia do método criado por ele. Uma boa condição física que se consegue fazendo intervir não só o corpo, mas também a mente e o espírito, com o objetivo final de realizar as múltiplas tarefas da nossa vida diária com prazer e energia.
O Pilates baseia-se no fortalecimento do centro de força, expressão que denomina a circunferência do tronco inferior, a estrutura que suporta e reforça o resto do corpo. O segundo pilar do método é aplicação dos seis princípios básicos fundamentais: concentração, controle, centro, fluidez nos movimentos, respiração e precisão. Cada exercício foi concebido para integrar estes princípios. É necessário incorporar os princípios de uma forma correta e trabalhar os conceitos fundamentais até fluírem de forma natural e se converterem em hábitos.
Além dos exercícios realizados em decúbito ventral e dorsal, sentado, ou em pé, Pilates também criou equipamentos específicos compostos por molas a fim de desenvolver o seu método. Os equipamentos foram elaborados para auxiliar a execução dos exercícios de solo, além de restabelecer as principais fraquezas das pessoas, como a falta de conexão com o centro de força (cuja indicação mais evidente são os músculos abdominais “saltados” para fora), costelas abertas em excesso devido às retificações e compensações na região torácica, falta de mobilidade entre os segmentos vertebrais, restrições de movimentos na articulação coxo-femoral, rigidez, encurtamento dos músculos flexores do quadril e extensores da coluna lombar, excessiva tensão nas áreas da cintura escapular, e dificuldade para dissipar esta tensão. Os equipamentos de Pilates são considerados muito criativos e originais, apesar da aparência arcaica que apresentam e de alguns nomes assustadores como Guilhotina e Cadeira Elétrica. Não podemos deixar de lembrar que eles foram desenvolvidos durante a Primeira Guerra Mundial, e talvez por esse motivo a inspiração tenha vindo destes antigos aparelhos de tortura. Os aparelhos mais utilizados são: reformer, cadillac ou trapézio, cadeiras, barrel e unidade de parede. Além de acessórios utilizados nos espaços que oferecem o Método Pilates, como: magic circle, bolas suíças (que não foram utilizadas originalmente por Pilates), elásticos, borrachas e halteres. A pesquisa médica vem esclarecendo cada vez mais a importância dos músculos estabilizadores. Se precisarmos retirar um livro de uma prateleira alta, não utilizamos primeiro a mão nem o ombro, mas os músculos posturais profundos, os quais estabilizam a espinha lombar, fazendo com que uma vértebra não se afaste muito de suas vizinhas. Esses músculos são o transverso do abdômen e um músculo posterior profundo denominado multífido. Eles formam um colete ou cinto natural de força em torno do centro do corpo de forma que o movimento possa ocorrer com facilidade, estabilidade e segurança.
O desequilíbrio entre a função dos músculos extensores e flexores do tronco, é um forte indício para o desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar. Num estudo com o objetivo geral de analisar os aspectos motivacionais que levam a prática do Método Pilates e identificar se estes aspectos estariam relacionados a fatores da saúde, sociais e/ou estéticos. O principal aspecto motivacional, foi a busca por uma melhora na qualidade de vida. A melhora nas habilidades físicas e o fator “aliviar tensões e relaxar”. Os fatores que tiveram um maior percentual de respostas no item muito importante estão relacionados aos aspectos estéticos e de saúde.
É importante enfatizar durante as aulas à importância de manter um modo de vida ativo, um envelhecimento saudável, onde os níveis de independência na velhice estão intrinsecamente envolvidos com o estado de saúde geral, para isto, a atividade física é uma ferramenta valiosa para a manutenção da saúde e uma melhora da qualidade de vida em seu aspecto emocional e social.


Fonte:
  • Curi, V. S. A influência do método Pilates nas atividades de vida diária de idosas, 2009.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

SGA, pilates e gestantes- Benefícios


Significativo número de indivíduos da população, que são atendidos por fisioterapeutas, queixam-se de dores na coluna vertebral. Este fato é confirmado em estudos com fisioterapeutas dos EUA e Grâ-Bretanha, nos quais se abordavam as queixas, as condutas para esses pacientes e os métodos mais usados, nesses países, para seu tratamento. Concluíram que os tratamentos  são variados e que na maioria das vezes não são avaliados cientificamente, sendo muitas vezes utilizados como único parâmetro de efetividade da terapia apenas o relato isolado do paciente. 
Durante a gestação observa-se que o aparecimento de algias posturais, também chamadas de dores nas costas  e principalmente as lombalgias é muito comum. Estas dores aumentam principalmente se a mulher apresentava esta queixa antes de engravidar. Além disso, este sintoma pode perdurar no período puerperal e continuar interferindo com sua rotina diária e, consequentemente, em sua qualidade de vida. 
O seguimento de mulheres durante anos após o parto concluiu que a dor pré-gestacional nas costas referida por 18% das mulheres e a dor durante o período gestacional, em 71% das gestantes, foram reduzidas para 16% durante o período de observação. Destaca-se o tempo lento de redução deste sintoma nas mulheres que apresentavam queixa pré-gestacional e grande intensidade de dor durante a gestação. 
A limitação funcional para as atividades de vida diária e prática também pode ser prejudicada durante a gestação e após o parto. Após 3 anos, 20% das mulheres que apresentaram algias lombar e pélvica posterior associadas ainda persistiam com esta queixa. 
Os exercícios propostos são exercícios de alongamento excêntrico realizados por meio de posturas parcialmente estáticas e necessitam para sua aplicação de roupas confortáveis e toalhas de banho, além de espaço para que as gestantes possam sentar-se e/ou deitar-se no chão.
As gestantes relataram que a dor após os exercícios de SGA diminuiu ou cessou. Afirmaram também que os exercícios foram relaxantes, favoreceram a respiração, proporcionaram a consciência corporal, evitaram o consumo de analgésicos e para grande parte do grupo proporcionou segurança para realizar as atividades de rotina diária.

O pilates:

O método pilates é uma eficiente ferramenta para fortalecer a musculatura extensora do tronco, atuando no desequilíbrio entre a função dos músculos envolvidos na extensão e flexão de tronco, que é um forte indício para desenvolvimento de distúrbios da coluna lombar.
Fazendo um trabalho de pilates para alívio das dores e terminando a aula com uma postura de SGA, é o ideal para promover uma melhor qualidade de vida e consequentemente um bem estar físico e emocional. 


Fonte:
  • Martins, R. F; Silva, J. L. P. Tratamento de lombalgia e dor pélvica posterior na gestação por um método de exercícios. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005; 27(5): 275-8
  • Modolo, T. L; Souza, F. A; Offerni, N.B; Junior,V. B; Manzano, R. N. O efeito do método pilates na lombalgia crônica: uma revisão de literatura. 
Imagens:
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domingo, 11 de dezembro de 2011

Curso de Formação em Pilates Metacorpus RJ- Janeiro de 2012


Curso de Formação - Rio de Janeiro - RJ

Pilates: Uma visão atual na área da saúde


Meta do curso: Proporcionar aos profissionais da área da saúde uma nova visão sobre o mercado de atividade física e qualidade de vida, através de exercícios que conciliam condicionamento físico e terapia corporal com a finalidade de reequilibrar o corpo e cuidar de vários tipos de patologias músculo esqueléticas.

Podem participar do curso os profissionais e estudantes (a partir do 6°período) das áreas de Fisioterapia e Educação Física, e profissionais de áreas afins com consulta prévia à Metacorpus.

Inauguração do Novo Studio Metacorpus Pilates!


Local e data de realização: NOVO STUDIO METACORPUS COPACABANA - RUA BARATA RIBEIRO,668.
Turma de Janeiro de 2012:
20, 21 e 22 de Janeiro de 2012, Módulo I
27, 28 e 29 de Janeiro de 2012, Módulo II

Atenção! Ganhe 5% de desconto, fazendo sua reserva até 30 dias antes do início do curso

Carga horária: 120 a 200 horas/aula*
  • 80 horas/aula – 2 módulos teórico/práticos (de sexta a domingo em dois finais de semana)
  • 40 horas/aula - estágio supervisionado obrigatório
  • 80 horas/aula – estágio supervisionado opcional (sem custo adicional, desde que dentro do prazo)
* A hora/aula definida pelo MEC equivale a 45 minutos.

Prazo total para realização do estágio - 3 semanas para conclusão a contar da data inicial do curso, em dias de semana. 


O curso é ministrado de sexta a domingo, das 08:00 às 18:00. Durante os intervalos é servido coffee break. 

Conteúdo programático:
  • Princípios do Método
  • Avaliação Postural
  • Biomecânica dos Movimentos e seus diferenciais perante outras atividades.
  • Ações das cadeias musculares nos exercícios
  • Exercícios de Solo
    • Bola
    • Meia lua
    • Rolo
  • Exercícios nos aparelhos
    • Reformer
    • Cadeira
    • Wall unit
    • Trapézio
    • Ladder barrel
  • Exercícios para Propriocepção e Tração articular (Teórico-Prático)
  • Patologias
    • Abordagem Fisiológica e biomecânica
    • Principais patologias de coluna, ombro, quadril, joelhos, tornozelo
    • Indicações e contra-indicações dos exercícios
    • Estudos de casos clínicos reais
  • Técnicas para montar uma Aula
    • Objetivos
    • Diferenciação e adaptações dos exercícios
    • Dinâmicas de aulas com até 3 alunos
    • Público especial: Gestantes, Hipertensos, Atletas.
  • Associação de Técnicas de mobilização articular, kabat e RPG aplicadas ao Método Pilates.
  • Medicina preventiva
  • Como Montar um Studio
  • Estratégias de Propaganda e Marketing
  • Logística
  • Consultoria em Mercado de Trabalho
  • Avaliação


Equipe Ministrante: 
A Metacorpus possui uma equipe de instrutores altamente capacitados e treinados para ministrar os cursos em todo o país. Esses profissionais são selecionados entre os melhores do mercado, treinados e supervisionados pelos sócios-fundadores da Metacorpus, os fisioterapeutas Sérgio Machado e Michel Salgado, e escalados para cada um dos cursos. 

Instrutores supervisores:

Dr. Michel Henriques Salgado

  • Fundador e sócio da METACORPUS Studio Pilates
  • Fisioterapeuta do Inst. Nac. de Traumato-Ortopedia – INTO
  • Fisioterapeuta do Centro de futebol Zico de 2000 a 2002
  • Pós-graduado em Acupuntura
  • Formação em: Fisioterapia, Pilates, Kabat, Mulligan, Estabilização segmentar vertebral, Método Klein, Taping e Kinésio Tape.
  • Pilates: Pilates Method and Motor Control – ministrado por Debbie Creamer (MPA, SPA, APA, APMA)
  • RPG/RPM – José Luiz Zaparoli e Fabio Mazzola – Escola do Corpo

Dr. Sérgio Machado Cunha

  • Fundador e sócio da METACORPUS Studio Pilates
  • Formação em: Fisioterapia – Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação
  • Pilates: Pilates Method and Motor Control – ministrado por Debbie Creamer (MPA, SPA, APA, APMA)
  • RPG/RPM – José Luiz Zaparoli e Fabio Mazzola – Escola do Corpo Gestão na Saúde, séries ISO 9000, 9001, 9002 – Carlos Fajardo – Estácio de Sá
  • Ferramentas da qualidade e Índices de desempenho - Carlos Fajardo – Estácio de Sá
  • Curso de Chefia e Liderança – Renato Carneiro – UERJ
  • Trabalhos apresentados em Ergonomia e DORT - IBMR
A organização do curso se reserva o direito de substituir os palestrantes, sem comunicação previa, caso haja motivos de extrema necessidade. 

Informações Complementares 

Os participantes receberão material didático impresso e certificados quando da conclusão do curso. 

OBS: Os certificados só serão emitidos mediante o mínimo de 75% de freqüência, avaliação teórica e prática do conteúdo e o cumprimento total da carga horária de estágio supervisionado. 

*A Metacorpus se reserva o direito de cancelar o curso, caso não seja atingido o número mínimo de participantes. 


Para garantir sua vaga entre em contato com a equipe de pilates metacorpus Copacabana-RJ:


Diego Ramon: diego@metacorpus.com.br
Silvana Souza: silvanasouzafisio@hotmail.com

Curso de Formação em Pilates nov/dez 2011





Fechamos o curso de pilates da Metacorpus do ano de 2011 com chave de ouro.
Parabéns turma, bem vindos ao mundo de pilates e também pela dedicação, vocês vão longe!!
Uma homenagem da equipe de pilates Metacorpus Copacabana-RJ.


Diego Ramon e Silvana Souza

SGA- Stretching global ativo

Passei por uma experiência muito boa essa semana com o curso de SGA do Souchard, são auto posturas que trabalham o stretching (alongamento) de determinados grupos musculares e que ajudam a melhorar o desempenho de atletas ou de não atletas, mas que melhora o desempenho do indivíduo pela compreensão da biomecânica do seu gesto no esporte ou do seu posto de trabalho e dos principais elementos a serem alongados.
Quando se coloca tensão em cadeia muscular, sendo a pessoa perfeitamente global, apenas alguns gramas serão necessários para que se obtenha eficácia; o componente "tempo" colocado à disposição será utilizado e, para conseguir esse alongamento, será preciso dosar com critério a noção de quantidade e a de qualidade de alongamento num fundo expiratório.
O Stretching Global Ativo, é o único que inclui alongamentos globais provenientes de uma técnica de reeducação, hoje em plena expansão. Esses modos de alongamentos vêm amadurecendo há mais de vinte anos e agora se tornam operacionais.
Foi preciso voltar a encontrar alongamentos que fossem suaves, e não doloridos, com forças homeopáticas, e não com pesos, tudo isso segundo uma visão global.

Evolução

Há trinta anos, começava-se a descobrir os alongamentos, em que eram utilizados principalmente os movimentos circulares ou de pêndulos dos membros superiores e inferiores.
Depois houve época do stretching (do inglês stretch, quer dizer, alongar). De fato, tratava-se de um modo mais lógico de conceber o alongamento; chegava-se, enfim, à compressão segundo a qual era necessário
introduzi-los para a preparação física dos esportistas e até mesmo para o seu bem-estar.
Certos animais nunca descuidam de seus momentos de alongamentos.
Como todas as atividades solicitam os músculos do corpo, tanto os dinâmicos quanto os estáticos, a prática da flexibilização atenuará os efeitos da contração.
Como consequência dessa contração, o gesto terá menos amplitude, menos facilidade e, assim, menos eficácia. O atleta deverá aumentar seu treinamento para manter o mesmo nível, ou anular os inconvenientes alongando-se. A flexibilidade do músculo permitirá uma melhor contração e utilização para executar seu movimento.
Chegar a estirar além do ponto de rigidez de um grupo muscular é, ademais, suficientemente complexo, já que isso deve ser feito em sentido oposto a todas as fisiologias do músculo e evitando todas as compensações, a fim de justificar a manutenção prolongada em postura de alongamento. Em relação à duração do esforço, o tempo de trabalho realmente eficaz reduz-se a poucas penas.
A flexibilidade ideal é, portanto, aquela que nos permite obter as amplitudes articulares perfeitas em todos os níveis.
As compensações locais ou com repercussão a distância, que decorrem de uma atividade esportiva intensa, deverão ser atenuadas a fim de permitir a facilidade global do movimento em curto prazo e diminuir os riscos de desequilíbrio corporal em longo prazo. 
O relaxamento e o bem-estar serão interessantes tanto para os esportistas quanto para um sedentário. Frequentemente em uma sessão de fisioterapia, temos a impressão de ter falhado no plano fisiológico, com ganhos mínimos para os esportistas, e ele próprio acaba contando que teve um ótimo relaxamento global depois da sessão e que nunca se sentiu tão bem!
Não se pode afirmar que a prática do SGA permite evitar todos os acidentes musculares ou de articulação, mas ela pode diminuir bastante seus riscos. Nesses problemas, podem intervir muitos outros fatores, o estresse, o equilíbrio psicológico, as predisposições genéticas etc, que poderão ser tratadas com uso de outras técnicas. 
Já coloquei em prática com meus alunos e o relato é de que se sentiram bem após a auto-postura. Para isso deve ser feito uma avaliação e encaixar com a necessidade de cada um.

Alguns exemplos de auto-posturas utilizadas no SGA:

Fonte:

  • Grau, N. SGA- A serviço do esporte, Stretching Global Ativo, 2003, coleção é saúde.
  • Souchard. P. Fundamentos do SGA- RPG a serviço do esporte, 2004, coleção é saúde.



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Abordagem GDS na assistência ao trabalho de parto


A assistência ao trabalho de parto e ao parto determina a qualidade da experiência com o nascimento, tem repercussão na vida reprodutiva e sexual da mulher, no amadurecimento pessoal e na construção da maternidade.
O corpo ocupa o centro deste processo e neste sentido, a abordagem GDS tem a amplitude conceitual e metodológica para pensar e analisar o corpo em movimento, o corpo quanto história pessoal e campo da experiência pessoal. 
O método GDS por valorizar as diferenças pessoais inscritas no corpo sensório-motor favorece que o raciocínio clínico seja ampliado para a apreensão da pessoa e não só para o binômio disfunção-tratamento. Assim, a abordagem GDS favorece intervenções voltadas para a promoção de saúde, isto é, para autonomia da pessoa no cuidado de si e para a potência de cada um para estabelecer seu modo de viver.
Esses são princípios fundamentais quando se discute qualquer intervenção no corpo da mulher em trabalho de parto, pois gravidez e parto são expressões de saúde e da potência do feminino. Neste sentido, a assistência profissional deve ter qualidade de acompanhamento individualizado e com ações que antecipem riscos e sofrimento.
A assistência ao trabalho de parto está sempre vinculada às representações sociais ligadas ao parto em cada cultura. Adapta-se às múltiplas condições socioeconômicas e transforma-se com as mudanças históricas. 
Atualmente, a assistência ao parto é objeto de inúmeras condutas e motivo de controvérsias: discute-se o que deve ser deixado à ordem do natural e o que significam intervenções obstétricas necessárias; que práticas do passado devem ser mantidas, baseadas em evidências e que outras devem ser abandonadas; que tecnologias são apropriadas e respeitam a fisiologia feminina,; que procedimentos estão baseados em efetividade e segurança; se o saber científico responde por todos os saberes e deve se sobrepor às crenças e à cultura de cada mulher e o significado particular e pessoal da vivência do parto. 
A proposta de atuação fisioterapêutica durante o trabalho de parto situa-se no contexto da participação ativa e consciente da mulher, no respeito pelo corpo em seus aspectos objetivos e subjetivos, na independência motora que torna o corpo um instrumento ativo para facilitar o processo do trabalho de parto e do parto vaginal. 
A ação do fisioterapeuta no acompanhamento do trabalho do parto não é uma prática estabelecida entre nós, tampouco incluída no sistema único de saúde; as experiências são isoladas, com pacientes de clínica privada ou em maternidade-escola, ao contrário de países desenvolvidos onde o fisioterapeuta integra a equipe obstétrica. Em decorrência, há uma ocorrência, há uma carência de publicações brasileiras e faltam estudos em fisioterapia que demonstrem a mobilidade funcional para as exigências do trabalho de parto, contribuindo para a melhora da assistência ao trabalho de parto da mulher moderna.


Fonte:

  • Revista Olhar GDS- Reeducação das Lombalgias Crônicas, 2010.

Imagem:
  • Google

ALONGAR O CORPO TODO ATRAVÉS DO STRETCHING GLOBAL ATIVO


O Stretching Global Ativo (SGA) é uma derivação da Reeducação Postural Global (RPG), método revolucionário desenvolvido por Phillipe Souchard, que visa a prevenção e a correção de desvios posturais.

 
O SGA nasceu da necessidade de orientar atletas e técnicos quanto a melhor maneira de levar adiante os treinos e a prática desportiva, sem contudo prejudicar a estrutura física destes indivíduos. 

Criado por Phillipe Souchard em 1995, o SGA mantém os princípios do RPG, de forma a tirar o melhor proveito da fisiologia dos músculos envolvidos em cada modalidade esportiva, respeitando às características individuais dos atletas.

No SGA, a maneira de executar um alongamento decorre de determinados princípios anatômicos, biomecânicos e físicos. Esses princípios integram a base do trabalho de reeducação postural global.
 

O SGA é um alongamento progressivo 
e não forçado, 
aplicado de forma global e específica 
para cada pessoa. 

É global porque vários músculos são solicitados simultaneamente (inclusive os da respiração), sem que haja compensações em outras partes do corpo, ou seja, preservando o eixo e o espaço das articulações, as curvaturas da coluna e dos discos intervertebrais.

 
O SGA utiliza posturas de alongamento  com a duração de até 10 minutos cada postura. 


As sessões de 50 minutos podem ser individuais ou em grupo, com uma freqüência de no mínimo 2 vezes por semana. 


É indicado para todas as idades a partir da pré-adolescência.


Fonte: sbrpg

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pilates em 12 perguntas- Revista Época


Mitos e verdades sobre a prática que tem se espalhado pelas academias do país

BRUNO SEGADILHA

SAÚDE A atriz Regiane Alves num estúdio de pilates, no Rio. Ela diz que seu corpo ficou mais definido e que a prática melhorou sua postura  (Foto: Daryan Dornelles/ÉPOCA)
SAÚDE
A atriz Regiane Alves num estúdio de pilates, no Rio. Ela diz que seu corpo ficou mais definido e
que a prática melhorou sua postura (Foto: Daryan Dornelles/ÉPOCA)
Tudo o que Madonna faz vira moda. Com o pilates, isso levou mais de dez anos para acontecer. Na década de 1990, quando Madonna começou a mostrar sua incrível flexibilidade nos palcos, o público perguntava qual era a técnica que garantia à cantora movimentos precisos e coluna impecavelmente reta, mesmo nas posições mais bizarras, como de cabeça para baixo e com as pernas abertas em 180 graus. “É uma mistura de ioga e pilates”, dizia ela.
Os benefícios prometidos pela ioga já eram conhecidos. A curiosidade girava em torno do método criado pelo alemão Joseph Pilates no começo do século passado. Baseado no movimento dos animais e de crianças durante suas brincadeiras, Pilates – ou Papa Joe, como ficou conhecido nos Estados Unidos – criou uma série de exercícios com o objetivo de melhorar a própria saúde. Pilates sofreu de raquitismo e asma na infância. Com isso, chegou à idade adulta com um corpo franzino. Aos 32 anos, depois de adotar o método em si mesmo, passou a exibir um corpo de fazer inveja aos atletas mais bem treinados e a disseminar a prática entre amigos e conhecidos. A técnica envolve o fortalecimento da musculatura do abdome, que ele chamava de power house (ou casa de força, na tradução do inglês). A definição dos músculos, principalmente do abdome, a melhora na postura e o aumento da flexibilidade são alguns dos benefícios propagados pelos praticantes.
Karina Arruda na posição side lying, no aparelho de pilates chamado de barril  (Foto: Rogerio Cassimiro/ÉPOCA)
Karina Arruda na posição side lying, no aparelho de pilates chamado de barril
A designer de 42 anos teve um diagnóstico de hérnia de disco. Nas crises, Karina não
conseguia levantar da cama. Hoje, pratica exercícios avançados e afirma ter abolido o uso de
analgésicos para aliviar as dores. 
(Foto: Rogerio Cassimiro/ÉPOCA)

Antes de começar as aulas de pilates, achava normal tomar remédios constantemente"
KARINA ARRUDA 

Estima-se que existam mais de 8 milhões de alunos de pilates nos Estados Unidos, de acordo com os dados da Sporting Goods Manufacturers Association, entidade que reúne os maiores fabricantes de artigos esportivos. No Brasil, são 8 mil estúdios de pilates e, por ano, surgem mais de 200 novas casas. Os números são baseados nas vendas dos maiores fabricantes de aparelhos no país. 
Sérgio Sacchi no solo na posição chamada teaser  (Foto: Rogerio Cassimiro/ÉPOCA)
Sérgio Sacchi no solo na posição chamada teaser
O empresário de 44 anos tinha lesões na coluna pelo excesso de esportes. Sacchi viu nos
exercícios de baixo impacto do pilates uma alternativa para continuar treinando.
O resultado, diz ele, foi um
corpo mais enxuto.(Foto: Rogerio Cassimiro/ÉPOCA)

Sempre fui grande e sempre gostei de me exercitar. Uma das minhas preocupações era não ficar muito musculoso  "
SÉRGIO SACCHI 
A atriz Regiane Alves, de 33 anos, é adepta dos exercícios há cinco anos. Ela conheceu o método durante uma aula de ioga, quando o professor chamou a atenção para sua postura excessivamente curvada. Animada com os resultados, não parou mais. “Melhorou tudo no meu corpo: a postura, meu alongamento e meus músculos, que ficaram mais definidos.” 
Os alunos de pilates exibem uma série de benefícios objetivos da prática. Mas entre os argumentos dos entusiastas há alguns mitos. Há quem diga que o pilates evita crises de hérnia e faz crescer. O fortalecimento da musculatura do abdome pode diminuir o número de crises de hérnia, dependendo do local da lesão. Mas não há como garantir o fim de crises em qualquer pessoa, tampouco o fim de todas as crises. A reeducação postural pode ajudar alguém a recuperar centímetros que já tinha e estavam escondidos sob uma postura curva. Mas ele não adiciona tamanho à estrutura óssea. Entenda essas e outras questões 
1- Qual a diferença entre pilates e ioga?
A ioga é uma prática originada na Índia há mais de 5 mil anos. O pilates é uma técnica ocidental de cerca de 100 anos. Conhecida como um estilo de vida que prega a harmonia entre corpo, mente e espírito, a ioga tem um apelo metafísico. “Os exercícios são uma forma de elevação espiritual”, afirma Shakti Leal, coordenadora do espaço Nirvana no Rio. No pilates, equilíbrio e concentração são questões objetivas. Os movimentos de cada exercício são tão complexos, que é quase impossível executá-los sem uma boa dose de concentração. 
2- Pilates é feito no chão ou em aparelhos?
Nos dois. Nos aparelhos, as aulas geralmente são individuais. O aluno tem total supervisão do professor. As molas permitem que cada aparelho se adapte ao corpo e à postura do aluno, sem forçar demais nem machucar. Por esses dois motivos, as aulas com equipamentos são mais indicadas a quem tem algum tipo de lesão.


No chão, é possível fazer aulas em grupos maiores, embora os estúdios normalmente evitem lotar suas sessões. Nas academias, esse número pode chegar a 30 praticantes. Apesar de envolver movimentos livres e sem o auxílio de aparelhos, as aulas no chão, afirmam profissionais da área, não são mais difíceis nem exigem mais esforço. Os exercícios de solo e com aparelhos produzem os mesmos resultados.

3- O pilates tem os mesmos efeitos da musculação?
 Não. Os exercícios do pilates fortalecem, mas não fazem os músculos crescer tanto quanto a musculação. O pilates trabalha mais com a repetição de movimentos e menos com o aumento das cargas. Além disso, as molas usadas nos aparelhos oferecem um tipo de exercício diferente dos executados na musculação. “As molas produzem resistência constante e movimentos precisos”, diz Isabel Sacco, professora de biomecânica da Universidade de São Paulo (USP). “Na musculação, a eficiência do movimento depende do ângulo correto de cada exercício.” Outra diferença é que os exercícios de pilates feitos no chão trabalham vários grupos musculares ao mesmo tempo, enquanto na musculação cada exercício estimula, normalmente, um músculo por vez.


“O pilates me deu um corpo mais definido e menos inchado”, afirma o empresário Sérgio Sacchi, de 44 anos. Depois de descobrir três hérnias de disco, consequência de anos de exercícios sem alongamento adequado, tinha parado com as atividades físicas. Sacchi conheceu o pilates há dez anos. “Foi a alternativa que encontrei para me exercitar, depois dos problemas na coluna.”

4- Pilates cura hérnia e outros problemas na coluna? 
Não existe cura para hérnia ou outras lesões, mas há meios de atenuá-las e reduzir as dores. Médicos e fisioterapeutas indicam pilates como uma boa opção para quem tem lesões na coluna por causa dos exercícios de baixo impacto, do fortalecimento dos músculos abdominais e da correção de problemas posturais. “Indico a prática a meus pacientes, assim como recomendo a reeducação postural (RPG) e a fisioterapia tradicional”, afirma Jamil Natour, professor de reumatologia da Unifesp.


A designer Karina Arruda, de 42 anos, recorreu ao pilates para cuidar da postura. Depois de sua primeira gravidez, há três anos, Karina começou a sentir dores e descobriu uma hérnia de disco. Por indicação médica, procurou as aulas de pilates e, depois de seis meses, parou com os analgésicos. “Não tomo mais nada”, diz. A dona do estúdio onde Karina treina, Luciana Araújo, diz que muitos alunos chegam por indicação médica.

5- Pilates evita lesões futuras?
Não. Para os especialistas, não há como comprovar que o fortalecimento da musculatura do abdome proteja a coluna contra novas lesões. “É uma besteira”, afirma Daniel Feldman, reumatologista da Unifesp. “O fortalecimento desses músculos não evita lesões.”  

  

6- Pilates emagrece?

Não necessariamente. Apesar de alguns exercícios exigirem um grande esforço físico, o objetivo do método não é a perda de peso. Para quem quer emagrecer, atividades aeróbicas são a melhor opção.  


7- Pilates faz crescer?

Não. O pilates não acrescenta centímetros mágicos à estrutura óssea de seus praticantes. Mas melhora a postura. Por causa da postura mais ereta, temos a impressão de que crescemos, porque andamos menos curvados. 

8- Quais são as variações do pilates?
É um assunto controverso entre os adeptos do método. Ao longo dos anos, os exercícios criados por Pilates foram incorporando novidades e se espalharam pelo mundo. Nas academias, o método ganhou adaptações, como swim pilates (na piscina), jumpilates (que alterna três minutos de pulos com um de pilates), iogilates (pilates e meditação). Os mais puristas afirmam que as variações da técnica criada por Papa Joe não são pilates. Assim, bolas e exercícios na água seriam uma deturpação da prática. “Estão usando o nome de um gênio da forma errada”, afirma Romana Kryzanowska, americana que se considera sucessora de Joseph Pilates. Mas Pilates nunca registrou seu método e Romana não foi sua única discípula.  


9- Pilates tem algum perigo? 

Assim como acontece com qualquer exercício, o pilates mal executado pode agravar as lesões de quem procura o método com fins terapêuticos ou mesmo causar novas lesões. “Cuidado com professores que defendam uma coluna completamente reta ou que peçam para o aluno ‘encaixar o quadril’, posição em que o quadril se move para a frente e a curvatura lombar tende a ficar mais reta”, afirma Isabel Sacco. Isabel explica que, ao tentar reverter a curvatura normal da coluna, diminuímos sua capacidade de resistir a cargas e a deixamos mais vulnerável a lesões.  

10- Como saber se a academia de seu bairro é séria?
A melhor maneira de se precaver na hora de escolher o estúdio ou a academia é verificar quem são os professores e quantas horas de aulas eles têm em sua formação. As principais instituições que emitem certificados no Brasil são reconhecidas pela Pilates Method Aliance, aliança internacional do método, e exigem um mínimo de 450 horas de aula. Esse número pode ser alterado para 360 horas de aula em cursos de especialização, como previsto pelo MEC. Os dois modelos são confiáveis. “Fuja de professores que tenham um workshop de fim de semana como único treinamento para dar aulas de pilates”, afirma Alice Becker, presidente da Aliança Brasileira de Pilates. 

11- Pilates pode ser praticado por qualquer pessoa? 
Não. Crianças abaixo de 6 anos ainda não têm estrutura óssea, dos músculos e ligamentos completamente formados. Pessoas com osteoporose grave ou com lesões graves na coluna também não devem praticar. 

12- Existe algum limite para o número de aulas? 
Assim como na musculação, especialistas recomendam que os músculos descansem por 48 horas. Como no pilates a musculatura do core é sempre exercitada, o ideal é alternar os dias. Isso dá uma média de três vezes por semana.


Assista a vídeos de pilates
Sergio Sachi 
  






Karina Arruda 
  

 
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