domingo, 5 de fevereiro de 2012

O cérebro preparado para aprender




Estudando para provas?? Comece pensando em como atingir seu "estado de aprendizagem"
Até o momento, os neurocientistas têm-se centrado na identificação das estruturas cerebrais ativadas durante o processo de aprendizado. "Mas ninguém olhou para o estado de preparação" diz John Gabrieli doMassachusetts Institute of Techonology (MIT). "A ideia é identificar, antes do evento, se o cérebro estrá preparado para aprender".
Gabrieli e colaboradoes usaram a Ressonância Magnética Funcional de varredura para monitorar a atividade do cérebro de 20 voluntários e verificar se o cérebro de fato entra em um "estado de aprendizagem". Foram apresentadas 250 imagens, uma de cada vez, e foi pedido aos voluntários que as memorizassem. Duas horas depois, as imagems foram mostradas novamente aos voluntários, no entanto elas foram misturadas com outrs 250 imagens novas. Foi solicitado aos voluntários que lembram-se quais as imagens foram vistas no primeiro momento.
Olhando os resultados, a equipe ficou surpresa ao descobrir que momentos antes das imagens que foram lembradas serem apresentadas aos voluntários foi verificado baixo nível de atividade na área parahipocampal - região conhecida por ser altamente ativa durante a aprendizagem. "Talvez o fato desta região estar menos ativa signifique que houve uma 'limpeza' - ou seja, esta região estava mais aberta para o estímulo provocar uma resposta", sugere Gabrieli.
Para investigar mais profundamente, a equipe tentou melhorar o escore de teste de memória subsequente dos participantes através da apresentação de imagens apenas quando eles apresentassem esse padrão de atividade cerebral (baixo nível de atividade na área parahipocampal). "Houve uma melhora em torno de 30% na tarefa de memória", diz Gabrieli (NeuroImage, DOI:10.1016/l.neuroimage.2011.07.063).
A equipe do MIT está trabalhando agora em uma maneira de monitorar essa "preparação para aprender" usando eletroencefalografia (EEG) - uma técnica de monitoramento cerebral mais portátil e mais barata. A ideia de Gabrielli é tornar o aprendizado mais eficiente, e seletivamente ensinar o cérebro preparado. "Você poderia imaginar um sistema de aprendizagem baseado em computador que pararia quando o cérebro não estivesse preparado para aprender, e reiniciar o aprendizado quando ele estiver", diz ele.
Leonardo Cohen, do National Institute of Health (NIH), em Bethesda, Maryland, acredita que o próximo passo seria recompensar esses indivíduos para ajudá-los a entrar nesse estado de preparação por vontade própria. "Otimizar estas regiões do cérebro seria uma forma mais sofisticada de se aproximar de uma tarefa de aprendizagem", diz Cohen. "É uma ideia muito emocionante".
Uma terceira abordagem seria encontrar uma maneira de estimular o mesmo padrão no cérebro de uma pessoa. Já foi mostrado que a estimulação cerebral usando correntes elétricas pode impulsionar uma série de funções cognitivas. Esta técnica poderia nos ajudar a nos tornarmos melhores alunos?
"A combinação de estimulação cerebral com a abordagem de Gabrieli poderia levar o desempenho a um nível mais alto", diz Cohen. Ele sugere ensinar o indíviduo, uma vez que ele esteja no estado de preparação, e, em seguida estimular áreas do cérebro conhecidas por estarem envolvidas na consolidação da memória para fortificar o processo de aprendizagem: talvez o melhor na otimização do cérebro.

FONTE: www.newscientist.com

 
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