terça-feira, 20 de novembro de 2012

Disfunção do Tendão Tibial Posterior


Disfunção do tendão tibial posterior é um dos problemas mais comuns do pé e tornozelo.
Ela ocorre quando o tendão tibial posterior torna-se inflamada ou rasgado. Como resultado, o tendão pode não ser capaz de proporcionar estabilidade e suporte para o arco do pé, resultando em flatfoot.
A maioria dos pacientes pode ser tratada sem cirurgia, utilizando órteses e aparelhos ortopédicos. Se órteses e aparelhos não prestar socorro, a cirurgia pode ser uma forma eficaz de ajudar com a dor. Cirurgia pode ser tão simples como remover o tecido inflamado ou reparar uma lágrima simples. No entanto, mais frequentemente do que não, a cirurgia é muito envolvido, e muitos pacientes irão notar alguma limitação na atividade após a cirurgia.
Problemas com o tendão tibial posterior parece ocorrer em etapas. Inicialmente, a irritação da cobertura exterior do tendão, o chamado paratenon, faz com que paratendonitis . Isto significa que o tendão está inflamado onde funciona através do túnel atrás do maléolo medial.
À medida que envelhecemos, nossos tendões podem degenerar, ou desgastar e enfraquecer ao longo do tempo. Degeneração em um tendão geralmente aparece como uma perda da disposição normal das fibras do tendão.
Os tendões são constituídos por cadeias de um material chamado de colágeno . Pense em um tendão como semelhante a uma corda de nylon e as cadeias de colágeno como os fios de nylon. Alguns dos fios individuais do tendão ficam misturados por causa da degeneração ruptura das fibras, outro, e o tendão perde resistência.
À medida que o tendão se cura do desgaste, formando um tecido cicatricial, espessamento do tendão. Este processo pode continuar na medida em que um nódulo, ou nó, forma dentro do tendão. Esta condição é chamada tendonosis. A área de tendonosis no tendão é mais fraca do que tendão normal. O tendão debilitado prepara o palco para a possibilidade de ruptura do tendão.
O tendão tibial posterior é um dos tendões mais importantes da perna. Um tendão atribui os músculos aos ossos, eo tendão tibial posterior atribui o músculo de vitela para os ossos do lado de dentro do pé. A principal função do tendão é para segurar o arco e apoiar o pé ao caminhar.
Uma lesão aguda, como a de uma queda, pode rasgar o tendão tibial posterior ou causar-lhe para se tornarinflamado. O tendão pode também rasgar devido ao uso excessivo. Por exemplo, pessoas que fazem esportes de alto impacto, como basquete, tênis ou de futebol, pode ter lágrimas do tendão do uso repetitivo. Uma vez que o tendão se torna inflamada ou rasgado, o arco vai lentamente cair (queda) ao longo do tempo.
Disfunção do tendão tibial posterior é mais comum em mulheres e em pessoas com mais de 40 anos de idade. Fatores de risco incluem obesidade, diabetes e hipertensão.
Fonte: musculacaohoje.blogspot
O atleta pode utilizar os seguintes métodos para tratar esse tipo de lesão:
  • Colocar gelo sobre o tendão imediatamente após completar um exercício ajuda a diminuir a inflamação ao redor do tendão.
  • Um molde perna curta ou andar de arranque pode ser utilizado durante 6 a 8 semanas. Isso permite que o tendão de descanso e do inchaço ir para baixo.
  • A maioria das pessoas pode ser ajudado com órteses e aparelhos ortopédicos. Um orthotic é uma inserção de calçado. É o tratamento não-cirúrgico mais comum para um pé chato.
  • A Cinta ou Suspensório pode ajudar alguns pacientes a evitar a cirurgia.
  • A fisioterapia que fortalece o tendão pode ajudar pacientes com doença leve a moderada do tendão tibial posterior.
  • Praticar alongamento.
  • Consultar um profissional especialista em esportes, de preferência seu professor.
  • Aplicar eletroterapia como ultrassom para ajudar com a dor.
  • Aplicar técnicas de massagem desportiva ao longo do tendão e músculo.
  • Diminuir ou até parar as atividades que pioram a dor é o primeiro passo.
  • Mudando para o baixo impacto do exercício é útil.
  • Praticar exercícios de Pilates para fortalecer o músculo e tendão tibial posterior.
  • Usar palmilha se necessário para corrigir a biomecânica do pé.

Fonte: orthoinfo.aaos.org
          http://revista.tudosobrepilates.com.br

domingo, 18 de novembro de 2012

Pilates X Equilíbrio e marcha de pacientes com AVE




O Método Pilates pode ser feito no solo (Mat Pilates), na Bola (Pilates com bola), no rolo de Feldenkrais (Pilates com rolo) e o Pilates com aparelhos. As características físicas da bola terapêutica e dos demais materiais devem ser apropriados para cada paciente; o tamanho da bola varia de acordo com a altura do paciente; bolas mais cheias proporcionam uma maior instabilidade do que as mais vazias; a superfície arredondada e móvel da bola obriga a contração constante dos músculos do corpo para manter o equilíbrio, ao contrário do colchonete que dá estabilidade corporal, não exigindo a contração constante dos músculos. Os colchonetes e bolas mais vazias são ideais para iniciantes e para deficientes severos, e bolas mais cheias para praticantes de longa data e deficiências mais leves.
O equilíbrio gera ajustes posturais que exigem constante adaptação da atividade muscular em todo o corpo. O movimento voluntário é acompanhado por modificações da postura, com o objetivo de manter o equilíbrio, e a orientação dos segmentos corporais.
Conforme a Organização Mundial de saúde (OMS), o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um desenvolvimento de rápidos sinais clínicos de distúrbios focais, que duram mais de 24 horas e de suposta origem vascular. As principais causas estão associadas a diabetes Mellitus, hipertensão arterial sistêmica, aterosclerose cerebral, doenças cardíacas, idade acima de 64 anos, raça negra, sexo masculino, história na família de AVE e tabagismo.
As consequências envolvem sequelas de ordem física, funcional, emocional, e de comunicação. A hemiplegia ou hemiparesia que ocorre do lado contralateral a área do encéfalo afetado, pode ser de natureza leve, moderada, e grave. Na fase aguda, o tônus e os reflexos apresentam-se diminuído no lado afetado, passando da fase aguda o paciente vai apresentar aumento do tônus com aumento dos reflexos, a sensibilidade pode ou não estar alterada, diminuição de força muscular e assim alterando a coordenação, o equilíbrio e a marcha.
O AVE pode ser de dois tipos: isquêmico que ocorre por uma oclusão de vasos que levam a falta de oxigênio e glicose no tecido cerebral alterando os processos metabólicos e levando a morte neuronal com sintomas de cefaléia, afasia, hemiplegia ou hemiparesia e o hemorrágico que atinge uma população mais jovem, com aumento da pressão intracraniana com sintomas como o vômito em jato.
A partir do texto aqui descrito, formulou-se a seguinte questão problema: Quais os efeitos do Método Pilates no equilíbrio e na marcha de pacientes com acidente vascular encefálico?
Nesse sentido foram elaboradas as seguintes questões a investigar a as supostas respostas:
Como está o equilíbrio estático e dinâmico no paciente com AVE pré e pós a prática do Método Pilates?
O equilíbrio no paciente de acidente vascular encefálico vai estar alterado pelas mudanças ocorridas no lado afetado, principalmente pelo aumento do tônus que consequentemente irá afetar as reações de equilíbrio e endireitamento. Um dos benefícios do Método Pilates é a correção do equilíbrio, por meio de exercícios que exigem uma contração quase sempre constante do centro (abdomen e períneo) para a realização dos mesmos. Este ocorre nos exercícios sobre a bola, pelas suas características físicas (arredondada e móvel) gerando uma maior instabilidade, e consequentemente um maior equilíbrio com contração muscular constante. Espera-se que neste estudo o paciente de AVE após a prática do método pilates melhore o seu equilíbrio.
Como está a marcha do paciente com AVE pré e pós a prática do Método Pilates?
A marcha exige um bom controle nas reações de equilíbrio e endireitamento. Como essas reações estão alteradas no paciente com AVE, consequentemente o paciente apresenta uma disfunção na marcha. A prática do Método Pilates com bola altera a relação do corpo com a gravidade, intensifica o alongamento, e desafia os sistemas músculo-esqueletico e nervoso, oportunizando o treinamento do equilíbrio e consequentemente dando uma maior eficiência e segurança nas AVD’s. Supõe-se que neste estudo o paciente de AVE após a prática do método melhore o equilíbrio e consequentemente a marcha.
Como está à força muscular nos pacientes de AVE pré e pós a prática do Método Pilates?
A força muscular em pacientes de AVE está diminuída no lado afetado. Com os exercícios do Método Pilates, tanto no solo como com a bola, tem-se um aumento da força muscular. Acredita-se que o paciente após a prática do método apresente um aumento da força muscular.
A partir das informações coletadas na contextualização do problema, apresentam abaixo o objetivo geral e os objetivos específicos.
Como objetivo geral avaliar os efeitos físicos-funcionais do Método Pilates nos pacientes com acidente vascular encefálico.

E como objetivos específicos:


Avaliar o equilíbrio estático e dinâmico nos pacientes com acidente vascular encefálico pré e pós a prática do Método Pilates;


Analisar a marcha do paciente de acidente vascular encefálico pré e pós a prática do Método Pilates;


Investigar a força muscular do paciente de acidente vascular encefálico pré e pós a prática do Método Pilates.


Justifica-se este trabalho pela doença, acidente vascular encefálico (AVE),

ser uma das primeiras causas de incapacidade funcional no ocidente, dessa forma faz-se necessário a utilização de uma ampla quantidade de condutas diferenciadas para o tratamento da doença, além da conduta terapêutica básica. O Método Pilates é muito bem aceito pelos profissionais da área da saúde, como coadjuvante na reabilitação neurológica.
Além das sequelas motoras, sensitivas, e de comunicação, o sistema respiratório, também se encontra alterado no paciente com AVE. O método Pilates coordena a respiração junto aos exercícios, isso oferta ao paciente uma reeducação respiratória e uma melhor ventilação e perfusão nos pulmões que consequentemente melhora a nutrição de oxigênio nos tecidos.
Os exercícios do Método Pilates são a base de uma grande exigência de equilíbrio, força muscular, concentração, ajuste postural. Os pacientes com AVE podem se beneficiar com o método, já que seus déficits são, principalmente, de equilíbrio, de ajuste postural, de força muscular, da marcha e do tônus muscular. A técnica oferece segurança e exige o controle do praticante, o que torna ideal para os que estão passando por uma reabilitação.

Marcha

A marcha é uma atividade desempenhada automaticamente, de grande complexidade, e que exige do tônus muscular uma adaptação constante em relação a mudança da base de suporte.
Esta atividade, em situação normal, ocorre quando uma perna e depois a outra sustentam de forma alternada o corpo em movimento provocando períodos de aceleração e desaceleração em cada membro, transferindo o peso de um pé para o outro.
A marcha humana é ordenada em duas fases, a fase de apoio e a fase de balanço. A fase de apoio acontece quando o membro inferior está em contato com o solo por meio da superfície plantar e parte dela, esta fase é dividida em toque do calcanhar, aplanamento do pé, médio apoio, e impulso, ocorrendo cadeia cinética fechada, já a fase de balanço acontece quando o membro inferior está livre, sem o contato com o solo, esta fase é dividida em início da aceleração, metade da aceleração e desaceleração, ocorrendo em cadeia cinética aberta. O ciclo da marcha normal é de 60% de duração na fase de apoio e 40% na fase de balanço.

Equilíbrio

O equilíbrio pode ser definido como ajustes posturais que acontecem diariamente e que são mantidos por meio das adaptações musculares constantes; este processo complexo ocorre pela integração dos estímulos sensoriais e pelas respostas motoras que garantem a posição ereta.
A avaliação pode ser feita com o indivíduo em posição ortostática (em pé e parado) denominado equilíbrio estático, e/ou durante a marcha (em pé e caminhando) denominado equilíbrio dinâmico. A distância entre as bases de suporte, os pés, também deve ser observado, bases largas tornam a tarefa de equilibrar-se mais fácil, ao contrário das bases juntas que tornam a tarefa mais complexa de ser realizada.

Equilíbrio estático

Para a avaliação do equilíbrio estático, o paciente deve manter-se em ortostase, de pé juntos, e o terapeuta deve observar se o paciente faz oscilações, ou tende a quedas; para que o teste fique mais intensificado e gere um maior desequilíbrio o paciente pode realizar de olhos fechados (sinal de Romberg), quando a alteração do equilíbrio for mínima, as manobras de sensibilização, como os empurrões em várias direções, podem ser utilizados como método de avaliação, ou manter-se em um pé só, ou coloca-los um pé na frente do outro.

Equilíbrio dinâmico

Para a avaliação do equilíbrio dinâmico, o paciente deve caminhar para frente em linha reta e depois voltar ligeiramente para trás ou para os lados; para intensificar o exercício, o paciente pode realizar a caminhada de olhos fechados. Em casos leves de alteração de equilíbrio, a dificuldade está no andar para trás e colocar um pé na frente do outro.

Vascularização Encefálica

O encéfalo necessita de altas taxas de glicose e oxigênio, para a manutenção de sua estrutura complexa; constantemente o sangue deve fluir pela região.
Esta estrutura é composta por dois sistemas de irrigação: o carotídeo interno e o vertebro- basilar. O sistema carotídeo interno divide-se em dois ramos principais denominados artéria cerebral anterior e a média, já o vertebro- basilar corresponde a junção das duas artérias vertebrais, direita e esquerda, que formam um tronco único denominado artéria basilar e que posteriormente se bifurca e forma como principal ramo a artéria cerebral posterior.
A artéria cerebral anterior contorna o joelho do corpo caloso, dividindo-se na face medial dos hemisférios direito e esquerdo, atingindo desde o lobo frontal até o sulco do parieto- occipital; a oclusão desta artéria pode levar a monoplegia no lado oposto ao da lesão atingindo membro inferior, perda sensorial cortical e também alteração de comportamento quando envolvendo a região frontal.
A artéria cerebral média contorna totalmente o sulco lateral, os ramos vascularizam uma grande parte da face supero- lateral dos hemisférios; a oclusão da artéria quando não leva a óbito, pode provocar a paralisia e a diminuição de sensibilidade do hemicorpo contralateral ao da lesão (exceto membro inferior), distúrbios de linguagem, e torna-se bastante grave quando atingem ramos mais profundos como os núcleos da base e cápsula interna.
A artéria cerebral posterior irriga a face inferior do lobo temporal e o lobo occiptal; a sua obstrução causa cegueira parcial do campo visual, comprometimentos de memória, e alteração sensorial contralateral.

Acidente Vascular Encefálico (AVE)

Pela anormalidade circulatória que compromete as áreas focais do encéfalo, o AVE leva a sequelas como alterações do nível de consciência, das funções do sentido, motricidade, cognição, percepção e linguagem. As alterações motoras caracterizam-se por hemiplegia ou hemiparesia que geralmente ocorre no lado oposto ao da lesão. Os comprometimentos podem ser reversíveis durando em média até 3 semanas, ao contrário tornam-se residuais e podem levar a deficiência.
A população com maior propensão ao acidente vascular encefálico, aparece com o aumento da idade, em indivíduos homens, história na família, hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes mellitus, dietas ricas em sal, ser fumante, uso de anticoncepcional, abuso do álcool, falta de atividade física. A cada mil pessoas, duas desenvolvem o AVE, 30% dos que desenvolvem o AVE morrem nas três primeiras semanas, 30% recuperam-se totalmente e 40% ficam com incapacidade residual.
O acidente vascular encefálico é umas das principais causas de morte, é um problema de saúde pública e pode levar a distúrbios neurológicos incapacitantes ou a morte.
O tipo de AVE também é importante para avaliar o grau de sobrevivência, a hemorragia intracerebral, por exemplo, corresponde a 59 -72% das mortes em 3 meses, a hemorragia subaracnóide corresponde a 43% das mortes nos 3 meses e o AVE por tromboembolismo por 30% em três meses. Algumas características e doenças também devem ser levadas em consideração, podendo diminuir as chances de sobrevivência como idade, hipertensão arterial, doença cardíaca, diabetes Mellitus, tamanho da lesão, e déficits neurológicos.

Tipos de Acidente Vascular Encefálico (AVE)

O Acidente vascular encefálico pode ocorrer por 2 mecanismos: (1) AVE isquêmico que os trombos, êmbolos, ou alterações levam a baixas pressões de perfusão sistêmica e provocam a escassez de fluxo sanguíneo cerebral diminuindo drasticamente a glicose e o oxigênio prejudicando o metabolismo celular e levando a morte dos tecidos; (2) AVE hemorrágico que há extravasamento de sangue devido a um aneurisma ou trauma, aumentando a pressão intracraniana, e lesionando os tecidos encefálicos.
O AVE isquêmico por trombos é a adesão e agregação plaquetária em placas, que leva a oclusão da artéria, provocando o infarto ou morte tissular; o AVE por êmbolos são fragmentos de substância que se deslocam, pela corrente sanguínea e chegam até as artérias cerebrais, provocando o infarto ou oclusão; e os AVE’s decorrentes da perfusão baixa ocorre por uma insuficiência cardíaca ou perda importante de sangue levando uma hipotensão sistêmica que leva a déficits neurológicos bilaterais.
O AVE hemorrágico causado pela ruptura do vaso cerebral com extravasamento de sangue para dentro do encéfalo é denominado hemorragia intracerebral; a hemorragia não traumática que ocorre nos vasos pequenos e fracos pela aterosclerose que provocam o aneurisma é denominado de hemorragia cerebral, e o extravasamento que ocorre no espaço subaracnóide, decorrente do aneurisma sacular e que acomete os vasos grandes é denominado hemorragia subaracnóide. O fator contribuinte para a hemorragia é a hipertensão arterial crônica.
Em 61 a 81% dos casos, o AVE é do tipo isquêmico, e 12 a 24% o AVE é do tipo hemorrágico.

Comprometimentos

Os déficits podem ser vários, e vai depender da área do encéfalo afetada, e a extensão da lesão.
Dentre as disfunções ocasionadas pelo acidente vascular encefálico, pode- se destacar: a imperfeição no processo sensorial (sistema vestibular, visão, sensação somestésica), desordens de cognição (atenção, memória, aprendizagem, solução de problemas, conhecimento de incapacidade), problemas de linguagem e comunicação, depressão, alteração funcional no sistema respiratório e motor. Alterações de bexiga e intestino também são encontradas.
Todas as disfunções citadas acima auxiliam no bloqueio para a realização das habilidades funcionais. O presente trabalho tem como ênfase as alterações motoras.
Assim como os membros e a face, o tronco do lado acometido apresenta-se paralisado, essa paralisia de tronco leva a uma insuficiência respiratória. Independente do uso de órteses, o hemiplégico ou hemiparético gasta 50% mais oxigênio ao deambular comparado ao não hemiplégico ou hemiparético. A capacidade respiratória diminui e a demanda de oxigênio aumenta levando aos padrões respiratórios atípicos que são responsáveis pela fadiga e conseqüentemente pela insuficiência respiratória.
A alteração do tônus ocorre no lado do corpo contrário ao da lesão.
Após a ocorrência do AVE com hemiplegia ou hemiparesia, o quadro inicial da doença em relação ao tônus caracteriza-se por hipotônica, é de curta duração, que dura dias ou semanas. Em 90% dos AVE, após a hipotonia ocorre a fase hipertônica, espasticidade. A espasticidade é uma síndrome do motoneurônio superior, que atinge os músculos antigravitacionais, ou seja, os flexores de membro superior e extensores de membro inferior, essas alterações provocam, uma postura pronada e flexora em membro superior e extensora e adutora em membro inferior, postura esta chamada de wernick- Mann. Nesta fase, pela diminuição dos movimentos voluntários e postura estática dos membros, pode desenvolver as contraturas. Os pacientes de AVE também perdem a capacidade de estabilizar adequadamente as articulações proximais e do tronco, levando ao desalinhamento postural, comprometendo o equilíbrio.
Os reflexos em fase inicial também tornam-se diminuídos e após aumentados; os reflexos miotáticos também aumentam, por consequência há a presença do clônus, reflexos de canivete e sinal de Babinski positivo.
Como sequela motora, há também paresia (fraqueza) ou a paralisia muscular; um músculo fraco ou com paralisia contrai insuficientemente ou é incapaz respectivamente de realizar o movimento. A fraqueza muscular no tronco afetará o contole postural, ou seja, as transferências de peso, o equilíbrio, e as funções.
As atividades de vida diária (AVD’s) também podem estar afetadas, como por exemplo, nas habilidades de vestir-se, alimentar-se, ir ao banheiro e tomar banho .
As sequelas do AVE podem envolver perturbações motoras e/ou sensitivas. É normal ocorrer uma assimetria entre os dois hemicorpos, onde a maior parte do peso é transferida para o lado não afetado, bem como ter um atraso ao iniciar uma atividade motora, a não sincronia, e a anormalidade no sequenciamento da atividade motora e a co-contração anormal. O indivíduo também vai apresentar uma desorganização de sinergismo postural, como dificuldades em novamente se estabilizar (controle postural reativo), ou mesmo quando inicia o movimento (controle postural antecipatório). Essa alteração do equilíbrio provoca uma incapacidade de estabilizar ao sentar-se, levantar-se, ou ao se movimentar com sustentação de peso.
A prática regular de atividade física favorece uma maior longevidade, a redução das taxas gerais de mortalidade, do número de medicamentos prescritos, a manutenção de estado funcional, a redução da frequência de quedas, além dos benefícios psicológicos como a melhora da auto-estima.
O Método Pilates é um processo orgânico e deve ser mantido para vida toda, com o objetivo de preservar a força, a flexibilidade e o equilíbrio. 


CONCLUSÃO

O AVE é a principal causa de incapacidade neurológica, sendo comum em todo o mundo, os déficits neurológicos levam para a maioria dos portadores, uma vida sedentária, com limitações das Atividades de Vida Diária (AVD’s) e atividades de Vida Instrumentais (AVDI’s).
A perda de força em pacientes pós AVE diminui acentuadamente a capacidade para as tarefas diárias e as habilidades de deambular.
A participação em exercícios regulares a longo prazo, é essencial para a manutenção de endurance e força muscular, atenuando os riscos de problemas ligados à doença cardiovascular.
O Método Pilates tem como intuito o condicionamento físico e mental, melhorando flexibilidade, consciência corporal, equilíbrio e força, consequentemente propiciando uma melhora na funcionalidade.
O Pilates é uma técnica que pode ser utillizada na prevenção de doenças ou na reabilitação. Assegurando-se dessas informações foi desenvolvido um protocolo do Método Pilates, com a finalidade de utilizar em pacientes com sequelas motoras pós AVE, como técnica coadjuvante a Fisioterapia.
Por meio de uma avaliação Cinesio-funcional realizada antes e após as 10 sessões de Pilates foi obtido os resultados encontrados na pesquisa que demonstraram que o Método Pilates associado a Fisioterapia não apresentou melhoras significativas no equilíbrio, na marcha e na força muscular, Lembrando que os pacientes apresentam sequelas neurológicas, em que a evolução terapêutica é geralmente a longo prazo levando a sugerir que o prosseguimento da terapia poderá refletir em um resultado de forma significativa.
Os sinais vitais foram aferidos pré e pós cada sessão, tendo como finalidade o controle, já que a maioria dos pacientes neurológico fazem apnéia durante o esforço físico, elevando a PA, FC, FR.
O método foi realizado com um n relativamente pequeno, pois a prática não pode ser feita com um grupo grande de pacientes, os pacientes foram atendidos individualmente para que tivessem uma supervisão adequada.
Tratando de pacientes com sequelas neurológica, em que a evolução do paciente, geralmente, é a longo prazo, o número de sessões foi pequeno para a melhora estatística do equilíbrio, marcha e força muscular.
A sugestão para futuros trabalhos sobre esse assunto é o aumento do n e do número de sessões. 

Fonte:

  • Ane, R.B. Os efeitos do Método de Pilates no equilíbrio e na marcha de pacientes com acidente vascular encefálico (AVE). Criciúma, 2009.





 
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