segunda-feira, 4 de julho de 2011

Abdominais tradicionais versus abdominais do Pilates



O condicionamento abdominal tradicional é geralmente abordado como uma série de abdominais vigorosos e rápidas. Os alunos prendem os pés embaixo do sofá ou sob as mãos do treinador e curvam-se rapidamente para frente, subindo o máximo possível. Muitas repetições em alta velocidade podem estirar os músculos cervicais, curvar os ombros e comprimir a lombar. No abdominal do Pilates, ao contrário do abdominal tradicional, mantemos a pelve em posição neutra. Isto significa que, ao curvar o corpo para cima, você não aplainará a região lombar no chão, deliberadamente.
Outra limitação dos abdominais tradicionais é que eles exercitam o corpo em uma direção fixa e são projetados para fortalecer principalmente o reto abdominal superficial e partes do psoas. A ênfase no treinamento do reto abdominal desenvolve músculos curtos e grossos e uma caixa torácica que é tracionada excessivamente em direção à pelve, deformando o corpo. O psoas, outro músculo longo e forte, origina-se nas saliências ósseas das vértebras lombares, cruza a região anterior da pelve e insere-se na região proximal e medial do fêmur; sua função é flexionar o quadril, aproximando a perna do tronco. Pelo fato do psoas ser geralmente um músculo forte e excessivamente treinado, ele pode socorrer os abdominais nos exercícios de condicionamento tradicionais.
O objetivo da abordagem do Pilates no fortalecimento abdominal é alongar e integrar o psoas no trabalho abdominal. Em alguns casos, isto significa começar pelo alongamento do psoas e fortalecimento dos abdominais. Flexores dos quadris encurtados e abdominais fracos podem causar problemas na lombar, na pelve ou até mesmo na região torácica. Depois centramo-nos na integração do psoas no trabalho abdominal. Fazemos isso focalizando a contração excêntrica ou alongada tanto do psoas quanto do reto abdominal. A contração excêntrica ocorre quando o músculo alonga-se, sob a ação da carga, de maneira controlada. Na realidade, a contração alongada, na qual você usa os músculos como freios enquanto retorna o corpo à posição inicial na bola ou no solo, dá mais trabalho aos músculos. A utilização da amplitude total de movimento é uma maneira muito mais equilibrada de fortalecer os abdominais.
O abdominal do Pilates é um movimento muito menor do que o abdominal tradicional. Nele, mantemos a pelve estável e a curvatura da lombar apenas flexionando o tronco superior, para que as escápulas mal se elevem do chão. As mãos estão levemente apoiadas na base do crânio ou estendidas no solo. Em alguns casos, você manterá o corpo em uma posição, sem movimentá-lo, aumentando a tensão muscular sem alterar seu comprimento. Isto é chamado de contração isométrica, que desenvolve a resistência dos músculos.



Como trabalhar os abdominais após o parto


Após um parto vaginal, concentre-se no tônus e no encurtamento dos abdominais e não em seu alongamento, uma vez que foram alongados, ao seu limite. Evite exercícios grandes e desafiadores como elevar muito as pernas; ao invés disto, mantenha os membros próximos ao corpo. O assoalho pélvico pode ser alongado ou estirado durante o parto, então, para eliminar a lombalgia e os outros problemas. Para prevenir a tração da cicatriz após uma cesárea, nenhum exercício ou movimento limitado é recomendado por cinco a oito dias. Seis semanas após uma cesárea, você pode iniciar a sua rotina de exercícios, mas recomece os exercícios gradativamente após ter tido alta do médico.
Às vezes, a diástase do reto abdominal ocorre durante a gravidez ou após o parto. Diástase é a separação do músculo abdominal ao redor do umbigo, e é menos comum em mulheres que tem abdominais fortes antes da gravidez. Você observará uma saliência vertical no meio do abdomen. O exercício vigoroso deve ser evitado até que a diástase seja corrigida. Exercícios específicos como "umbigo na coluna", mobilização pélvica em quadrupedia e pequenos abdominais com os braços envolvendo o corpo diminuirão a largura da separação. Se necessário, trabalhe com um terapeuta para corrigir o problema.

Fonte:
.Craig, C., Treinamento de Força com a bola, Phorte 1ª edição, São Paulo, 2007.

Imagens:
.Google

 
Design by Free Wordpress Themes | Bloggerized by Free Blogger Templates | Walgreens Printable Coupons